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Teste rápido: Honda Civic Si 2020 continua o mesmo e isso é bom
Avaliação

Teste rápido: Honda Civic Si 2020 continua o mesmo e isso é bom

Aceleramos o novo Honda Civic Si 2020 que teve uma discreta mudança no visual, na relação do câmbio e continua muito gostoso de dirigir por R$ 179.900

Diego Ortiz

28 de jul, 2020 · 7 minutos de leitura.

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Civic Si
Honda Civic Si 2020
Crédito:Honda/Divulgação

No convite da Honda para a avaliação do novo Civic Si, à venda no Brasil por R$ 179.900, uma informação importante: “cada carro será usado por apenas um jornalista e será devidamente higienizado”. Ações mais do que importantes para o chamado novo normal que ninguém aguenta mais. No caminho para a pista de teste da marca em Sumaré, interior de São Paulo, o coração do metido a piloto aqui já começa a desalinhar. Seria o primeiro encontro com a velocidade desde o início do isolamento social imposto pela covid-19. Após 3 meses, será que eu tinha esquecido como faz?

Pilotar rápido não é como andar de bicicleta. A gente esquece sim. Por isso, o esquema colocado pela Honda foi bem inteligente, favorecendo a aclimatação ao carro. Primeiro, quatro saídas de 0 a 100 km/h, depois quatro de slalon e após isso algumas voltas em uma pistinha bem técnica criada por cones. Na aceleração até 100 km/h, uma pegadinha informativa. Como a marca não divulga este dado, a melhor marca obtida na pista dá um sinal: 7,4 segundos.

O Civic Si 2020, importado do Canadá, está com o mesmo motor 1.5 turboalimentado que gera 208 cv a 5.700 rpm e torque de 26,5 mkgf já a 2.100 rpm. São números interessantes e que fazem do Honda o único modelo com mais de 200 cv a custar menos R$ 200 mil. É o Beto Carrero World de quem sonha com a Disney.

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Mas se nada mudou, porque a impressão de que o Civic Si está mais ágil? A resposta está na ficha técnica. O câmbio manual de seis marchas teve as relações encurtadas em 6%. Mas parece mais. A primeira então, está curtíssima, lembrando muito a tocada de carros de competição.

E a graça do Civic Si está toda na sensação e no controle. Mesmo com os seus 208 cv, ele não é um monstro devorador de asfalto. Anda bem e só. Mas é um dos carros mais “na mão” do mercado, mesmo no modo Sport de condução, que deixa ele mais arisco e endurecido.


A direção elétrica adaptativa de duplo pinhão com relação variável é sensível na medida certa e os amortecedores adaptativos estão sempre colocando, junto das suspensões mais durinhas, o chassis no ponto de certo. É muito difícil entrar todo “desequilibrado” em uma curva com o Civic Si, a não ser que o motorista esteja inspirado para fazer besteira. E mesmo neste dia especial, é fácil consertar a bagunça de tanto que o modelo é obediente.

Um sistema de vetorização de torque equilibra a tração nas rodas se o motorista começa a perder o controle. Dependendo da experiência em pista, o motorista pode perceber esse limite, consertar a trajetória com o volante e se divertir muito em curvas. Os coxins de suspensão superdimensionados (são os mesmo do Type-R) também colaboram com o conjunto.


Para efeito de comparação, as molas do Si, vendido apenas em versão cupê, são 32% mais firmes que as da versão Touring do Civic sedã. E a carroceria é 25% mais rígida. Fora isso, há todos os controles eletrônicos que brilham no cupê.

Mais vermelho para o Civic Si

Junto dos bons atributos dinâmicos, há todo o visual interno e externo. É preciso muita má vontade para não achar o Civic Si um carro atraente. Ainda mais agora, com uma nova grade mais refinada e faróis de neblina de LEDs. As rodas de 18 polegadas também são novidade, com desenho inédito e acabamento fosco. Atrás, nenhuma mudança.


Por dentro, o Honda recebeu um útil carregador de celular sem fio e sensor de chuva. E continua lá o sistema multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas integrada aos sistemas Apple CarPlay e Android Auto. O item é sempre muito desejado no mercado hoje e se integra a um bom sistema de áudio de 450 watts e com 10 alto-falantes espalhados pelo carro.

Fora isso, as mudanças são estéticas. Há detalhes vermelhos no painel, em plástico, e nos bancos esportivos em tecido texturizado. E o espaço traseiro continua ruim para adultos como em todo cupê duas portas.

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