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Tenho lido várias reportagens falando sobre “downsizing”, (tendência que aposta na redução do “tamanho” do motor mantendo altos números de potência e torque). No Brasil, Ford e Volkswagen já têm versões de três cilindros e, na Europa, a Fiat oferece uma opção com dois cilindros para alguns modelos. Gostaria de saber se esses bicilíndricos são eficientes para mover carros e, no caso de resposta afirmativa, por que não estão disponíveis no mercado brasileiro.
ALFREDO INOUE
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RESPOSTA:No Brasil, a Ford tem um três-cilindros para o Ka e a Volkswagen oferece a configuração para o Up! Os tricilindricos também estão no Kia Picanto e no Hyundai HB (1.0), nos Nissan March e Versa (1.0), no Smart Fortwo (0.9) e no Mini Cooper (ambos 1.5). Todos cumprem bem a tarefa de mover esses carros. Nas motos, essa configuração está consolidada há tempos. “Os tricilíndricos têm menos peças móveis, o que permite reduzir o atrito interno, massa e tamanho, com melhor aproveitamento do espaço” diz o gerente de pós-vendas da britânica Triumph, Claudio Peruche.
Reunindo o “melhor dos dois mundos”, eles têm bom torque em baixas rotações, como nos dois-cilindros, e podem atingir giros elevados. Isso se traduz em boas respostas aos comandos do acelerador, como nos quatro-cilindros. Ainda menor, o TwinAir, de dois cilindros, 875 cm³ e 85 cv (foto acima), estreou no Fiat 500 europeu.
Entre as vantagens, todos esses propulsores se caracterizam pelo baixo consumo de combustível e, consequentemente, dos níveis de emissões de CO2, gás causador do efeito estufa. O desenvolvimento desses motores foi possível graças às novas tecnologias, que colaboraram para diminuir as perdas por bombeamento e o atrito entre as peças.
O senão são as vibrações, que têm de ser anuladas por meio de árvore de balanceamento ou coxins mais sofisticados e robustos. A adoção de bicilíndricos no País não está na pauta das montadoras por causa do preço de construção e do número reduzido de possibilidades de aplicações, o que limita a produção em grande escala.
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BÔNUS: Veja quais são os carros mais econômicos do Brasil
1º Volkswagen Up
Carrinho da Volks tem melhor consumo combinado (cidade/rodovia) da lista do Inmetro. Com o novo motor 1.0 TSI, nas versões Move, High, Black/White/Red e Spees, faz 10,2 km/l. A lista considera os números com etanol
2º Renault Clio
Modelo é vice-líder na lista de consumo do Inmetro. Abastecido com o combustível vegetal, hatch faz média combinada de 10,03 km/l
3º Fiat Uno
Com motor 1.4, na versão Evolution com sistema Start/Stop, o modelo tem consumo combinado de 9,6 km/l quando abastecido com etanol
4º Ford Ka +
Sedã 1.0 nas versões SE e SEL tem consumo combinado de 9,57 km/l quando abastecido com etanol
5º Ford Ka
Configuração hatch do modelo, com motor 1.0 nas versões SE e SEL, modelo tem média combinada de 9,5 km/l com etanol
6º Nissan March
Com motor 1.0, nas versões S e SV, tem média combinada de 9,47 km/l
6º Fiat Palio
Empatado tecnicamente com o Nissan March, o hatch da Fiat tem média combinada de 9,47 km/l
7º Honda City
Com motor 1,5, na versão DX, faz média combinada de 9,36 km/l com etanol
8º Nissan Versa 1.0
Com motorização 1.0, nas versões S e SV, sedã é o oitavo modelo mais econômico do País quando abastecido com combustível vegetal. Faz média combinada de 9,35 km/l
9º Nissan Versa 1.6
Com motor mais potente, na versão Unique, modelo faz 9,32 km/l quando abastecido com etanol
10º Volkswagen Fox
Hatch da Volkswagen, na versão 1.0 Bluemotion, tem consumo de 9,29 km/l
11º Hyundai HB20
Com motor 1.0, nas versões Comfort, Plus e Style, hatch tem consumo combinado de 9,23 km/l
12º Toyota Etios
Na configuração hatch, com motor 1.5 nas versões XS, XLS, Cross e Platinum, modelo faz 9,03 km/l
13º Honda Fit
Modelo da Honda, com motor 1.5 nas versões DX, LX, EX e EXL, sempre com câmbio CVT, tem média combinada de 9,01 km/l
14º Toyota Etios Sedan
Com motor 1.5, nas versões X, XS, XLS e Platinum, sedã da Toyota faz 8,9 km/l abastecido com combustível vegetal