A Toyota deu início aos testes para implementar o uso de etanol na tecnologia híbrida plug-in da empresa. Ainda não há confirmação sobre quais modelos da gama nacional ganharão a novidade, nem quando. Mas o plano de investimento vale para os próximos 5 anos. Neste primeiro estágio, os estudos se mostram promissores. O anúncio é uma clara resposta às chinesas BYD e GWM, que vêm se destacando nas vendas de híbridos.
A iniciativa reforça o pioneirismo da marca no desenvolvimento de novas rotas tecnológicas rumo à neutralidade de carbono. Isso, portanto, tem o objetivo de aumentar o uso de componentes brasileiros nos modelos híbridos. A montadora, a princípio, ressalta que esses testes estão alinhados com os planos de investimento em avaliação para o próximo ciclo. Há, portanto, uma possível futura produção nacional de veículos híbridos plug-in flex fuel (PHEV-FFV).
RAV4
A fabricante vem usando, nos testes, um RAV4 PHEV. Sua base é um sistema híbrido full, como no sedã Corolla e no SUV Corolla Cross, que tem bateria de alta capacidade e um motor elétrico de maior potência.
“Partindo do princípio de que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas e sua queima na combustão do carro, estamos animados com os testes em um híbrido plug-in”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.
Criticada pelo não incentivo ao carro 100% elétrico em alguns mercados, como no Brasil, a marca acredita, contudo, que a melhor tecnologia em eletrificação consiste naquela que se encaixa à infraestrutura local. A ideia da Toyota é, portanto, considerar a matriz energética de cada país onde atua como ponto crucial para essa virada de chave da indústria como um todo no sentido da descarbonização. No mercado brasileiro, o etanol é parte fundamental para que a eletrificação avance, de fato, com ganhos reais em baixas emissões de CO2.
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