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Toyota Corolla x Honda Civic: confira qual é o melhor
Comparativo

Toyota Corolla x Honda Civic: confira qual é o melhor

Comparativo reúne as versões mais vendidas do Corolla 2018, que recebeu reestilização, e do Civic

29 de mar, 2017 · 8 minutos de leitura.

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 Toyota Corolla x Honda Civic: confira qual é o melhor
Corolla traz nova frente e itens de segurança extras; Civic mudou de geração em 2016

Embates clássicos, como partidas de futebol, costumam ser definidos no detalhe. Em geral, um oponente fica estudando o outro, e por isso, muitas partidas acabam com placar magro – às vezes, há empates sem gols.
No duelo entre Corolla e Civic, a vantagem foi pequena, mas houve um vencedor. Os dois arquirrivais mostraram bom volume de jogo. O sedã da Toyota acaba de chegar à linha 2018, com alterações visuais na dianteira e – finalmente – com controles de estabilidade e tração. Por sua vez, o Honda, de 10ª geração, estreou no Brasil há cerca de seis meses.

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Ambos comparecem nas versões intermediárias (as mais vendidas): o Corolla XEi tem tabela de R$ 99.990, enquanto o Civic EXL sai a R$ 105.900 e, mesmo sendo mais caro, venceu o clássico no detalhe, por dois pontos. O Honda sobressai em um aspecto importante no segmento, o porta-malas, e também é um pouco melhor em estabilidade e suspensão.

Seu visual é outro destaque. A impressão é de que o Civic veio do futuro para visitar o Corolla. A reestilização aplicada à dianteira do Toyota produzido em Indaiatuba (SP) foi insuficiente para atrair as atenções caso o Honda, que é feito em Sumaré (SP), esteja estacionado nas proximidades.

Repetindo o que havia feito em 2006, com a oitava geração do Civic, a Honda voltou a mudar radicalmente o estilo de seu sedã. A frente é agressiva e a traseira segue o padrão de cupê, com queda acentuada na parte posterior do teto. O Corolla permanece na 11ª geração, e mantém o estilo clássico, que agrada, mas sem surpreender.


A maior novidade da linha 2018 do Toyota são os controles de estabilidade e tração, que estão em todos os Civic desde o ano passado. Antes disso, desde 2007 o sistema vinha nas versões mais caras do Honda.

No número de air bags, o Toyota ganha de sete a seis (há dois frontais, dois laterais e dois do tipo cortina, além do para os joelhos do motorista).

Os motores 2.0 flexíveis são equivalentes. O do Honda gera 155 cv e 19,5 mkgf e o do Toyota tem 154 cv e 20,7 mkgf. Os dois sedãs têm câmbio automático CVT e, nesse quesito o Corolla leva vantagem. Embora essas caixas garantam bom desempenho e sejam capazes de simular trocas de marcha (são sete), no Toyota as respostas são mais rápidas.


Os dois fizeram um jogo tão equilibrado que até nos fatores “extracampo” (seguro e manutenção) quase deu empate.

Por dentro. A direção é elétrica nos dois, porém a do Civic é mais precisa, graças ao sistema de relação variável (mais direta em manobras de baixa velocidade). Em termos de suspensão, o Corolla tem acerto que privilegia o conforto. A impressão é a de que o carro flutua, e em total silêncio, mesmo sobre piso ruim.


O sedã médio da Honda tem ajuste um pouco mais firme (sem ser duro), que privilegia quem gosta de sentir mais as reações do carro. O Civic, a propósito, tem suspensão independente nas quatro rodas, o que lhe garante maior estabilidade em curvas – no Corolla, a traseira tem eixo de torção.

A experiência ao volante do Honda é melhor também por causa do painel mais moderno, com quadro de instrumentos virtual, do console elevado e da alavanca de câmbio curta. Além disso, seu sistema multimídia é mais intuitivo. Nos dois, a tela tem sete polegadas.


No Corolla há TV, mas é difícil de sintonizar. No Civic, o controle de volume no volante é sensível ao toque, e o ar-condicionado digital oferece dupla regulagem de temperatura.

Só o Honda tem freio de estacionamento elétrico e função “brake hold”, que permite ao motorista soltar o pedal em semáforos, por exemplo. Por sua vez, apenas o Corolla possui botão de partida para o motor.

Os dois são espaçosos atrás, graças ao entre-eixos de 2,7 metros e têm consumo semelhante. Com um litro de etanol, o Civic roda 7,2 km na cidade e 8,9 km na estrada. No Corolla são 7,2 e 8,8 km, respectivamente,<IP9,0,0> segundo o Inmetro.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.