MILENE RIOS
A Amarok bem que tentou barrar às vendas da veterana Hilux, mas não teve sucesso. Pelo menos até agora. A picape da Volkswagen prepara um novo ataque com o lançamento de uma versão cabine simples, ainda neste ano, e opção de câmbio automático de oito marchas para 2012. Antes que a ameaça possa se tornar real, a Toyota mexeu no visual de sua picape, incorporou novos equipamentos e testa um motor V6 flexível. Durante o lançamento da linha 2012 da Hilux, o vice-presidente da montadora no Mercosul, Luiz Carlos Andrade Junior, falou ao JC sobre as novas estratégias da empresa.
Quanto tempo levou o desenvolvimento do motor V6 flexível da Hilux?
O motor Flex que equipa a Hilux tem como base o V6 a gasolina, que introduzimos no mercado brasileiro em 2008. Desde então, paralelamente, nossa matriz no Japão em conjunto com a engenharia local passou a desenvolver a tecnologia flexível que equipará tanto a Hilux quando o SW4 a partir do primeiro trimestre de 2012.
O propulsor bicombustível será uma vantagem da Toyota sobre a Amarok. Em algum momento a marca se sentiu ameaçada pela picape da VW?
Sabemos que nosso concorrente iria usar sua rede de concessionárias e a força da marca para tentar nos combater no mercado de picapes médias. Mas os números de vendas mostram que a Hilux continuou absoluta entre as picapes comercializadas no mercado brasileiro no segmento com motorização a diesel.
Existe a possibilidade de a Hilux vendida aqui passar a vir com o câmbio automático de cinco marchas, oferecido em outros mercados?
Estamos atentos às atualizações dos produtos da concorrência. Ainda não posso dizer qual será o próximo passo. O que posso afirmar é que nossos consumidores estão muito satisfeitos com o desempenho da Hilux.
E quando chega o novo (sedã) Camry?
No início de 2012. Depois virá o híbrido Prius, em setembro, e o nosso carro compacto, que será fabricado em Sorocaba, a partir do segundo semestre.
Quantas unidades do Prius serão trazidas inicialmente?
Estamos na fase de disseminar a tecnologia entre os consumidores e mostrar como o Prius funciona e quais são seus benefícios. Ainda não estamos falando sobre número de unidades e preços.
Qual a sua opinião sobre o aumento do IPI para veículos importados?
A Toyota do Brasil respeita todas as decisões do governo e acredita que o Brasil é um importante local para o desenvolvimento dos seus negócios. Dos nossos modelos, apenas o RAV4 e o Camry não atendem os requisitos do IPI.
O valor deles deve seguir a média de 10% a 15% de alta?
Por hora, nenhuma decisão sobre aumento de preços foi tomada.
