A Toyota preparou uma interessante evolução para as transmissões continuamente variáveis, os CVT. A japonesa instalou uma marcha fixa junto ao câmbio, que entra em ação em baixas velocidades. As engrenagens são como as de uma transmissão manual, mas engrenadas eletricamente pela caixa. O sistema é chamado de Direct Shift-CVT.
A “primeira marcha” do novo CVT da Toyota serve para compensar a ineficiência dos câmbios variáveis convencionais em baixas velocidades. Para movimentar o carro, a transmissão variável precisa ter relações bem baixas. Nessa situação, o motor precisa fazer mais força para tirar o carro do lugar. Com uma marcha convencional, o propulsor consegue ser mais eficiente do que com os CVT convencionais.
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E já que o sistema de polias não precisa acelerar o carro a partir do zero, todo o conjunto pode ser menor e mais leve. A “parte CVT” do câmbio é conectada ao conjunto por embreagens magnéticas e é incorporada a partir de uma certa velocidade. A partir daí, a engrenagem sai de cena e o veículo passa a se comportar como um carro com CVT normal. O sistema variável fica responsável por transmitir força apenas em velocidades médias e mais altas.
CVT mais eficiente
Embora todo o novo sistema da Toyota tenha sido pensado para melhorar a eficiência, o conjunto também traz resultados em performance. Com a marcha direta, as acelerações a partir do zero tendem a ser mais rápidas.
A tecnologia é usada no Lexus UX e deverá estar na nova geração do Toyota Corolla. No Lexus, o sistema é acoplado a um 2.0 de 171 cv na versão de entrada UX 200.