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Toyota faz recall de 1,7 milhão de carros
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Toyota faz recall de 1,7 milhão de carros

Novos carros entram na soma de outros 37 milhões envolvidos; 1,3 milhão estão nos Estados Unidos

REUTERS

11 de jan, 2019 · 5 minutos de leitura.

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Airbag defeituoso da Takata
Crédito:Joe Skipper/REUTERS

A Toyota anunciou mais um recall de 1,7 milhão de veículos por defeito no air bag produzido pela empresa Takata. De acordo com a montadora, cerca de 10 milhões de bolsas com problemas estão envolvidas nessa convocação.

O novo recall tem veículos produzidos entre 2010 e 2015; 1,3 milhão deles estão nos Estados Unidos. Porém, os outros 400 mil não tiveram os países de destino divulgado. A Toyota do Brasil informa não ter conhecimento de modelos vendidos aqui e envolvidos e aguarda um posicionamento da matriz.

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Anteriormente, outros 37 milhões de carros, apenas nos Estados Unidos, foram convocados por causa dos air bags com defeito da Takata. Nesse caso, cerca de 50 milhões de dispositivos de inflar estavam envolvidos. 37 milhões foram substituídos e outros 16,7 ainda aguardam a troca.

Ao redor do mundo, 23 mortes foram associadas à ruptura das bolsas do sistema de air bag da – 21 delas em veículos da Honda e duas em carros da Ford. Por causa do mesmo defeito, a Ford convocou na última semana 953 mil veículos nos Estados Unidos.


Entenda o caso Takata

Em 2014 surgiram as primeiras notícias daquele que se tornaria um dos maiores escândalos da indústria automotiva. O caso Takata já atingiu cerca de 80 milhões de carros e 100 milhões de deflagradores de bolsas de air bags (inclusive no Brasil).

Estão envolvidos no caso carros de 30 montadoras, entre elas as também japonesas Honda e Toyota.

O deflagrador do air bag é a peça responsável por inflar a bolsa na hora de um impacto. Ele fica envolvida por um revestimento metálico. Em caso de colisão, essa peça metálica se desfaz enchendo a bolsa em milissegundos.


No caso dos air bags defeituosos, fragmentos metálicos do deflagrador eram lançados na direção dos ocupantes dos bancos dianteiros, causando ferimentos e até mortes.

A Takata assumiu o erro. Segundo a companhia, o defeito nas peças foi causado por uma falha no controle de umidade das fábricas responsáveis pela produção dos deflagradores localizadas nos Estados Unidos e no México, enquanto os componentes produzidos na unidade da Alemanha eram mantidos sob as condições ideais.

Por causa de multas e do gasto com o processo de reposição das peças, a Takata entrou com um pedido de falência nos Estados Unidos e Japão e vendeu suas operações para a Key Safety Systems, por cerca de US$ 1,59 bilhão. Com um lucro de cerca de US$ 6 bilhões em 2016, a conta de encargos pode chegar a US$ 10 bilhões.


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