
O Toyota Mirai, primeiro modelo movido a hidrogênio feito em série no mundo, é praticamente uma máquina do tempo. Estar ao volante dele é como acelerar anos no futuro, quando o mercado de automóveis terá abandonado quase que definitivamente os combustíveis fósseis. Bem acabado, espaçoso, silencioso e moderno, o Mirai impressiona. Não parece um objeto estranho em seu tempo, até porque talvez não seja. O mundo pode não estar preparado ainda para ele, mas ele já está pronto para o mundo.
Avaliado na pista do Fuji Speedway, mesma do inesquecível GP do Japão de 1976, que decidiu o título entre Niki Lauda e James Hunt a favor do segundo, o Mirai mostrou um ótimo desempenho. Com um “fuel cell stack” que gera cerca de 154 cv, o modelo chegou a 164 km/h no fim da reta do circuito com uma aceleração muito boa, devido ao torque instantâneo da eletricidade. Prova de que ele vai bem é a marca de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos.
As suspensões McPherson na frente e double wishbone atrás também são ótimas e seguram bem o carro em curvas, ajudadas pela massa do carro (baterias e tanque), que fica centralizada na parte baixa do assoalho. Na pista o conjunto mostrou muito conforto, mas é um pouco duro, e em cidades esburacadas e cheias de valetas como São Paulo ele tenderia a jogar mais pressão na lombar do motorista do que modelos “tropicalizados” fariam.
No entanto, o Mirai não é um carro para andar com o pé embaixo. Sim, ele permite até viagens mais longas em boa velocidade, pois possui autonomia de cerca de 500 quilômetros. Mas sua função é ser um carro urbano confiável e confortável, e nisso ele se sai muito bem.
com 4,87 metros de comprimento e 2,76 metros de entre-eixos, o modelo tem muito espaço para o motorista e passageiros. E a bateria de níquel hidreto, que poderia usurpar o espaço traseiro, é muito bem acondicionada entre os banco e o porta-malas, enquanto o tanque de hidrogênio fica abaixo do banco, de forma que não atrapalham o conforto.
Por dentro ele é moderno, mas sem ser muito exagerado. O painel é todo digital e o console central forma uma espécie de tela lisa, com botões por contato, como nos filmes de ficção da década de 80. Lá estão os controles do ar condicionado e o Power Mode, o seletor de modos de condução em que é possível escolher as formas Eco, Normal e Power. No Power ele entrega visivelmente mais força, mas consome cerca de 25% a mais de carga.
Ficha técnica
Motor: elétrico movido a hidrogênio e baterias de níquel hidreto
Potência: 154 cv
Torque: 34,1 mkgf
Tempo de recarga: 5 minutos
Capacidade do tanque: 114 litros
Autonomia: 500 km
Pró: desempenho: carro acelera muito bem e por ser silencioso agrada no uso urbano.
Contra: Abastecimento: Ainda não há uma estrutura mundial para encher o tanque do Mirai em qualquer lugar.
TOYOTA MIRAI
Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão
TOYOTA MIRAI
Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão
TOYOTA MIRAI
Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão
TOYOTA MIRAI
Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão
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Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão
TOYOTA MIRAI
Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão
TOYOTA MIRAI
Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão
TOYOTA MIRAI
Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão
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Toyota Mirai foi mostrado no Salão de Tóquio, no Japão