
TEXTO E FOTO: TIÃO OLIVEIRA
Gamagori (Japão) – O economista Ricardo Bastos é multitarefa. Ele acumula as funções de diretor de relações públicas e governamentais da Toyota, vice-presidente da Anfavea e diretor-presidente da Fundação Toyota. Em entrevista ao JC, ele fala sobre questões ambientais e a chegada do Prius ao Brasil.
O carro híbrido é um veículo de passagem entre os com motores a combustão e os elétricos?
Para a Toyota, não. Acreditamos que o sistema híbrido é uma solução eficaz. A matriz energética do mundo vai demorar para mudar. Haverá declínio da produção de petróleo, mas o carro híbrido possibilita boa mobilidade com baixo nível de emissões.
Em todos os países em que os híbridos são vendidos há isenções fiscais – caso contrário o preço os torna inviáveis ao consumidor. Será assim no Brasil?
Estamos trabalhando para sensibilizar o governo em relação ao híbrido. Pedimos que o Prius seja liberado do pagamento de impostos, como ocorre em outros países, além da zona azul e, no caso de São Paulo, do rodízio.
Você acredita que essas soluções serão atendidas?
Sim. As vantagens oferecidas pelos híbridos em relação aos carros convencionais justificam que eles possam receber esse tipo de incentivo. É assim no Japão, EUA e Europa. Queremos o mesmo tratamento no Brasil.
Isso será imperativo para o lançamento do carro no País?
Independentemente da posição do governo, vamos lançar o Prius no País. É claro que acreditamos em uma decisão favorável, mas, mesmo que não ocorra, os planos serão mantidos.
Viagem feita a convite da Toyota