A Toyota anunciou ontem (13) que irá adiar o retorno das atividades em suas fábricas no País para o dia 24 de junho. Inicialmente, a interrupção das atividades estava programada para até o dia 22 de abril. Todas as plantas da companhia japonesa ficam no Estado de São Paulo.
Além dela, outras marcas também mudaram o cronograma de parada de suas fábricas, aumentando o período de suspensão das atividade e da produção. Algumas trabalham apenas para auxiliar no reparo e produção de respiradores e ventiladores, apoiadas por unidades do Senai no treinamento para o serviço.
A GM adotou, em acordo com os sindicatos, além da paralisação das fábricas até junho, suspensão dos contratos de trabalho, redução de jornada e de salário. As medidas servem para as fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos, Gravataí (RS), Joinville (SC), Sorocaba, Indaiatuba e Mogi das Cruzes. A redução de salário é de diferentes percentuais, conforme o nível dos funcionários. Até gerência uma hora a menos por dia e 12,5% a menos no salário. Para diretores e níveis acima, o corte no salário é de 25% dos vencimentos.
A Honda aumentou a parada de suas fábricas de automóveis (Sumaré e Itirapina) e também de motos, em Manaus. As de carro foram de 14 de abril para o dia 27. Já as operações de moto ficam suspensas na capital amazonense até o dia 20 de abril. Também em Manaus, a linha de produção da Yamaha ficará parada até o dia 29 de abril agora (era 19).
No grupo Ford, as fábricas que inicialmente voltariam a funcionar em 6 de abril tiveram a paralisação esticada até 20 de abril para a Troller, em Horizonte (CE). Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Pacheco, na Argentina, ficam paradas até 30 de abril.
O complexo Ayrton Senna, nome do agrupamento de fábricas da Renault em São José dos Pinhais (PR) também teve a paralisação estendida. A parada que era até hoje (14) foi prorrogada até o dia 3 de maio. As fábricas da BMW, em Manaus (AM) para motos e carros em Araquari (SC). Em Piracicaba (SP), na fábrica da Hyundai Motor Brasil, a suspensão que era até 13 de abril foi estendida até 27 de abril.
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Marcopolo é a única que voltou
A única fábrica que já voltou a funcionar no segmento automotivo é a da Marcopolo. As plantas das unidades de Caxias do Sul (RS) e Rio de Janeiro retornaram ontem (13) ao funcionamento. Segundo comunicado, a operação de São Mateus (ES), ainda está em avaliação quando terá o retorno.
Em Caxias, por um decreto municipal, retornaram ao trabalho 25% dos funcionários no turno diurno e 25% no turno noturno, a maioria na área da produção. A empresa tem operações na China, primeiro país atingido pelo coronavírus. A antecipação do retorno pode estar associada à volta das atividades trabalhistas lá para garantir os insumos da produção chinesa.
Montadoras já trabalhavam com períodos mais longos de paradas
Outras fábricas já trabalhavam com um período maior de suspensão das atividades. A Mercedes-Benz para até 2 de maio, a FCA até 21 de abril, assim como a PSA (Peugeot-Citroën). A Nissan, em Resende (RJ), fará parada até 22 de abril. A Jaguar Land Rover, em Itatiaia (RJ), está fechada até 27 de abril.
A fábrica da HPE (Mitsubishi e Suzuki), em Catalão (GO), fica parada inicialmente durante abril e maio inteiros. A fábrica da Caoa, em Anápolis (GO), está fechada sem previsão de retorno, seguindo as medidas do governo do estado. A planta de Jacareí, da Caoa Chery, mantém a paralisação já programada até 30 de abril. As fábricas do grupo Volkswagen, que inclui a Audi, já estariam paradas também até 30 de abril.