No mês que vem, a Toyota dará início a uma maratona de viagens do Prius flexível pelo Brasil. O propósito é divulgar o desenvolvimento do primeiro carro híbrido do mundo cujo motor a combustão pode funcionar com gasolina e/ou etanol em qualquer proporção.
Embora ainda seja um protótipo, o Prius flexível funciona perfeitamente. Um dos desafios dos engenheiros da marca foi ajustar a partida a frio do motor 1.8 de ciclo Atkinson que, juntamente com outro elétrico, gera potência total de 123 cv.
Trata-se de um avanço e tanto. Com etanol, o Prius ficará ainda mais “verde” – além de emitir menos poluentes que a gasolina durante a queima, trata-se de um combustível renovável.
MIRAI
O sucesso no desenvolvimento do Prius flexível permitirá que a Toyota do Brasil invista em um novo (e ainda maior) salto tecnológico. A marca levará ao País algumas unidades do Mirai, elétrico movido a célula a combustível, para testes.
Por ora, o Mirai é abastecido com hidrogênio, produto cuja rede de distribuição é restrita até mesmo em países como o Japão. A energia elétrica que move o motor elétrico do Toyota é gerada por meio de uma reação química e o resultado é equivalente a 154 cv de potência, 34 mkgf de torque, 500 km de autonomia e apenas água (pura) saindo do cano de escapamento.
O problema é o custo de produção, armazenamento e distribuição de hidrogênio. É aí que entra o etanol brasileiro: além de ser renovável, o produto conta com ampla e eficiente rede de distribuição no País.
O objetivo da Toyota é desenvolver, a partir do Mirai, um sistema de propulsão que possa utilizar o etanol (ou qualquer outro tipo de álcool) como combustível para gerar eletricidade por meio de um processo feito no próprio veículo. Isso eliminaria a maior parte dos entraves que limitam a ampliação do uso dessa tecnologia.
O jornalista viajou a convite da Anfavea
Nós já andamos no Mirai. Confira a avaliação:
https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/toyota-mirai-mostra-futuro-do-automovel/