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Toyota vai produzir suas próprias baterias para carros elétricos
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Toyota vai produzir suas próprias baterias para carros elétricos

Japonesa Toyota vai investir até US$ 3,4 bilhões na produção das baterias de íon de lítio para sua linha de elétricos, que estreia já em 2022

Redação, Com Renan Monteiro, especial para o Jornal do Carro

15 de nov, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Toyota bZ4x elétricos
Primeiro carro 100% elétrico da Toyota, SUV bZ4x estreia nos Estados Unidos e inaugura linha de elétricos
Crédito:Toyota/Divulgação

A Toyota vai investir cerca de US$ 3,4 bilhões em baterias automotivas nos Estados Unidos até o final desta década. A fabricante japonesa quer o desenvolvimento próprio do componente, que será peça-chave da sua gama de veículos elétricos.

“Este investimento ajudará a introduzir veículos eletrificados mais acessíveis aos consumidores, bem como ajudar a reduzir significativamente as emissões de carbono. E, o mais importante, vai criar, assim, ainda mais empregos ligados ao futuro da mobilidade”, afirmou o CEO da Toyota Motor North America, Ted Ogawa.

Toyota
Toyota/Divulgação

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A eletrificação dos carros ganhou força neste ano na Toyota com a revelação do primeiro carro totalmente elétrico da marca, o SUV bZ4x. Com lançamento confirmado para 2022, o modelo é o primeiro de sete veículos elétricos que a Toyota vai lançar até 2025.



Outro fator para o alto investimento nas próprias baterias é a necessidade de independência em relação à produção do componente. Assim como ocorre com os semicondutores ou chips, a Toyota quer produzir suas baterias para não depender de terceiros.

Rivais como General Motors e Volkswagen enfrentam, no momento, grandes problemas com a falta de chips fornecidos por outras empresas.


Toyota bZ4x elétricos
Toyota/Divulgação

Como são as baterias da Toyota

Pegando o bZ4x como base, os carros elétricos da Toyota serão todos feitos sobre a plataforma e-TNGA, feita em parceria com a Subaru. O SUV elétrico conta com um conjunto de baterias de íons de lítio de 71,4 kWh instaladas sob o assoalho e integradas ao chassi.

Com essa capacidade, o bZ4x tem cerca de 450 km de autonomia com as baterias carregadas – conforme o padrão WLTP, usado na Europa. De acordo com a Toyota, ao conectar um carregador de 150 kW, a recarga de 80% da bateria leva aproximadamente 30 minutos.


No SUV elétrico, as baterias alimentam um motor elétrico dianteiro capaz de gerar 201 cv. Mas há uma versão com dois motores elétricos, um no eixo dianteiro, outro no traseiro. Dessa forma, o bZ4x tem tração nas quatro rodas e alcança os 214 cv. Entretanto, a velocidade máxima é de 160 km/h em ambas as opções. Já a aceleração de 0 a 100 km/ leva 7,7 segundos.

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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.