Leandro Alvares / BUDAPESTE, HUNGRIA
Os quase 40 graus de temperatura registrados nos termômetros de Budapeste, no início da semana passada, vieram a calhar com o lançamento do Audi A3 sedã. Tanto no visual quanto no desempenho, o novo modelo da marca alemã é bastante quente e tem fortes credenciais para conquistar fãs no Brasil.
Com 4,46 metros de comprimento – 15 cm a mais que o hatch A3 Sportback e 24 cm a menos que o sedã A4 -, ele chega ao País em abril de 2014, com duas opções de motorização: 1.4 e 1.8, ambas com turbocompressor e injeção direta de gasolina. As potências são de 140 cv e 180 cv, respectivamente.
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A tabela não foi divulgada, mas deve partir de R$ 105 mil para a versão com motor de 1,4 litro e de R$ 115 mil para a 1.8, como a avaliada em um percurso de 150 km na Hungria. Para a Europa e América, o A3 sedã será importado da Hungria. A partir de 2014, ele também vai ser produzido na China e está entre os modelos da Audi cotados para serem feitos no Brasil nos próximos anos.
Revelado no Salão de Xangai, em abril, a versão três-volumes do A3 é ainda mais bonita “em pessoa”. A traseira, seu principal destaque, agrada pela fluidez das linhas e o desenho esportivo, com direito a saída dupla de escapamento, estilosas lanternas com LEDs e uma saliência na tampa do porta-malas que atua como defletor.
O espaço para as bagagens, no entanto, é apenas razoável. Seus 425 litros superam, obviamente, os 380 l da opção hatch, mas ficam aquém dos 470 litros oferecidos por seu maior rival, o Mercedes-Benz CLA, que também chega ao País em 2014.
A área na cabine do A3 agrada. Quatro adultos se acomodam com conforto no habitáculo, com 2,64 metros de entre-eixos e satisfatória área para as pernas. A queda na linha da coluna C, porém, atrapalha pessoas com mais de 1,84 m, deixando a cabeça rente ao teto.
Ao volante, as impressões do A3 sedã são ótimas. Os 180 cv do propulsor 1.8 são bem gerenciados pela transmissão automatizada de seis marchas e dupla embreagem. No modo dinâmico, acionado por botão no painel, as trocas são feitas acima das 7 mil rpm e o torque máximo de 25,5 mkgf, a partir das 1.250 rotações, garante acelerações e retomadas competentes.
Outras virtudes do modelo são a firmeza da direção elétrica em altas velocidades e o caprichado isolamento acústico da cabine. A 120 km/h, o conta giros marca 2.500 rpm e mal se ouve o som da rolagem dos pneus. Em curvas, a inclinação da carroceria é insignificante e a tração integral embarcada na versão de topo se encarrega de manter o carro nos trilhos.
Nos pisos irregulares, as suspensões filtram com eficácia as imperfeições e, mesmo com rodas de 19 polegadas, o carro não maltrata os ocupantes com pancadas duras.
O A3 sedã veste bem o motorista, que conta com ajustes manuais para os bancos e de altura e profundidade da coluna de direção. Há ainda controle elétrico para a lombar, inclusive para o passageiro. Para acentuar o espírito esportivo do sedã, a posição de dirigir poderia ser um pouco mais baixa e o campo de visão ficaria ideal com um retrovisor central maior.
A versão avaliada estava equipada com o pacote S line, que agrega itens como volante de base reta e bancos de couro com design de semelhante aos de competição. Mas desde as versões mais simples o novo Audi empolga com o layout e bom nível de acabamento do painel.
Em termos de recursos, o A3 sedã traz sensores de estacionamento, câmera de ré, tela multimídia de 7” que se projeta eletronicamente do painel, ar-condicionado digital com saída independente para o banco de trás, navegador GPS, sistema start/stop, botão que dispensa a chave para dar a partida, controlador de velocidade adaptativo e até sistema de conexão com internet, por meio de cartão 3G plugado no porta-luvas. Um carrinho quente e atraente!
VIAGEM FEITA A CONVITE DA AUDI
