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Turquia terá marca própria de veículos
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Turquia terá marca própria de veículos

Empresa será criada a partir de uma parceria entre o governo do país e a Fiat. Caso os planos sejam consolidados, o Brasil será o único entre os emergentes de grande evidência a não ter uma fabricante. China, Índia e Rússia possuem as suas

17 de jan, 2012 · 3 minutos de leitura.

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 Turquia terá marca própria de veículos

A Turquia deverá ter uma marca própria de veículos, criada a partir de uma parceria entre o governo do país e a Fiat. A informação surgiu nos EUA, após declaração do presidente da empresa italiana, Sergio Marchionne, ao jornal turco Hürriyet, durante o Salão de Detroit, que vai até o próximo domingo.

De acordo com Marchionne, “a Turquia está pronta para produzir um veículo próprio”. Como parte da parceria entre a Fiat e o governo entraria o consórcio Koç, que é o maior grupo industrial do país e compartilha com a Fiat a propriedade da Tofas.

A empresa, por sua vez, produz modelos do Grupo Fiat – entre eles o Doblò – sob licença na Turquia. “Continuam as conversações com a Koç e o governo da Turquia e em breve chegaremos a um acordo”, afirmou Marchionne ao Hürriyet. “Para nós, um carro turco seria muito importante, pois o país (cujo território está dividido entre Europa e Ásia) tem um grande potencial de distribuição internacional.”

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O executivo disse que as conversações sobre esse “importante passo estratégico” com o primeiro ministro turco, Recep Tayyip, tiveram início em julho do ano passado.

A Turquia já teve uma marca de veículos, a Anadol, fruto de parceria entre a Ford e a Koç. A empresa produziu veículos no país de 1966 a 1991.

Caso os planos da Fiat sejam consolidados, o Brasil será o único entre os países emergentes de grande evidência a não ter marca própria de veículos. China, Índia e Rússia possuem as suas.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.