Leandro Alvares
Quem vê a cardiologista Jomara Ferreira, de 28 anos, a bordo do Astra Sport 2002 totalmente personalizado pode não acreditar que o Chevrolet seja seu carro de uso diário. “As pessoas olham espantadas e perguntam se o Astrogildo (nome que ela deu ao hatch) é meu mesmo. Acham que ele pertence ao namorado, marido, enfim, que é um modelo de homem e não de mulher”, conta, entre risos.
Jomara diz que a paixão por tunados surgiu na época em que ela cursava a faculdade de medicina. “Sempre gostei de carros e, por causa de amigos, passei a frequentar campeonatos de tuning em Bragança Paulista (no interior do Estado). Quando percebi, estava participando da categoria feminina.”
A personalização do Astra não contou com detalhes “meigos” e a cor rosa, características típicas dos chamados “carros de menininha”. A cardiologista queria que o hatch tivesse aparência bem agressiva.
“Meu Astrogildo tem cara de menino: para-choques com design invocado (o traseiro fui eu que desenhei), bancos de couro, portas que se abrem como as de alguns Lamborghini e chip de potência no motor, entre outros itens.”
As modificações têm garantido bons resultados. “Sou a atual tricampeã brasileira de tuning da categoria feminina. No ano passado também conquistei o título na classe mista”, conta Jomara.
Ela afirma que é preciso tomar alguns cuidados na hora de personalizar um veículo. “Tem de ter bom gosto e estudar bem cada detalhe, senão o carro fica brega.”
Embora seja fã do Astra Astrogildo, ela sonha com outros modelos. “Gostaria de ter um Subaru Impreza e um Ford Mustang. Duas máquinas de perfil agressivo que nem precisam ser tunadas. Mas abandonar o Astrogildo, nem pensar. Ah, e apenas eu o dirijo.”
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