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Veículos em partes
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Veículos em partes

Dividir um carro é uma ideia que tem conquistado cada vez mais adeptos. As opções são táxi, locação ou o compartilhamento de automóveis. Além de reduzir o trânsito, as alternativas podem custar menos do que manter um automóvel próprio na garagem

25 de mai, 2011 · 6 minutos de leitura.

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MILENE RIOS

Dividir um carro é uma ideia que tem conquistado cada vez mais adeptos. Não, não estamos falando de cortar o veículo ao meio, mas de compartilhar seu uso, o que além de ser uma alternativa para reduzir o trânsito, pode custar menos do que manter um automóvel próprio na garagem.

As opções são táxi, locação ou o chamado car sharing, que é o compartilhamento de automóveis ou aluguel por hora. Esse serviço é inspirado no de cidades europeias e americanas.

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“É ideal para quem quer usar o carro de duas a seis horas e rodar 50 quilômetros, no máximo”, afirma Felipe Barroso, diretor da Zazcar, pioneira no serviço no País. A empresa fica em São Paulo, abriu em 2009 e tem 350 clientes.
O publicitário Emmanuel Souza, que conheceu a alternativa quando morou nos Estados Unidos, é um deles. “Não tinha tanta necessidade do carro, porque moro perto do metrô e só utilizaria aos fins de semana”, conta. “Gasto em média R$ 1 mil por mês, mas ganho em qualidade de vida.”

Para a analista de sistemas Carolina Natali, a escolha pelo carro compartilhado foi ainda mais racional. “Para ter um zero-km na faixa de R$ 35 mil só as prestações sairiam por em torno de R$ 1 mil”, afirma. “Com o carro compartilhado gasto, no máximo, R$ 500 e não tenho despesas com combustível e seguro, cobrados pelas locadoras.”

De acordo com o consultor financeiro Alexandre Lignos, da IGF, é preciso colocar na ponta do lápis os valores para escolher a alternativa mais saudável ao bolso. Com base nas tarifas cobradas por táxis, locadoras e a Zazcar, ele fez uma simulação de gastos por dia e mês, além de custo por quilômetro rodado.


“O táxi é a opção mais em conta para quem o utiliza esporadicamente, em distâncias curtas e, principalmente, se o custo for dividido com outras pessoas”, diz o Lignos. “O aluguel, por ter tarifas mais altas, compensa somente nos casos em que o motorista usará o veículo o dia inteiro ou fará viagens longas.” Ele diz que o carro compartilhado é vantajoso para quem opta por planos mensais. “Para os quem usam com frequência, por poucas horas.”
Na Zascar, é possível optar por pacotes que custam de R$ 15 a R$ 45 por mês, que se somam à tarifa da locação.

Carro dos sonhos
Uma exclusividade do car sharing é poder ser “dono” de carrões por algumas horas. A Four Private oferece um pacote com quatro carros de sonho: Ferrari F430, Mercedes-Benz SL63 AMG, Chevrolet Corvette Grand Sport e Mini Cooper Cabrio.

É preciso desembolsar R$ 287 mil na adesão e pagar R$ 17 mil por mês para usar um carro por vez nos fins de semana. “É um serviço para quem não quer perder dinheiro com a depreciação do veículo”, diz Ricardo Straus, proprietário da empresa. “E não há gastos com IPVA e seguro. Da Ferrari, são cerca de R$ 400 mil por ano.”


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