Você está lendo...
Veja 10 coisas que precisa saber da Kombi
Notícias

Veja 10 coisas que precisa saber da Kombi

Enquanto a nova geração na chega, conheça fatos marcantes e curiosos sobre a "Velha Senhora"

10 de abr, 2015 · 10 minutos de leitura.

Publicidade

 Veja 10 coisas que precisa saber da Kombi

A Volkswagen Kombi pode ressurgir das cinzas. Recentemente, o presidente do conselho da montadora, Dr. Heinz-Jakob Neusser, revelou que engenheiros da marca já trabalham em um protótipo elétrico para a nova “Velha Senhora”, ainda sem previsão de estreia. O modelo saiu de linha em dezembro de 2013, quando deixou de ser produzido no Brasil.

Até que a fabricante decida relançar um dos carros mais emblemáticos de todos os tempo, separamos dez fatos sobre a trajetória do modelo que você precisa saber. Confira!

Publicidade


Seu criador é um holandês – A Kombi foi idealizada na década de 40 por Ben Pon. A ideia do holandês era utilizar o conjunto mecânico do Fusca em um veículo leve de carga.

Mas modelo “nasceu” na Alemanha – A produção da Kombi começou no país europeu em 1950. Na época, a “Velha Senhora“ tinha a carroceria em monobloco e suspensão reforçada. E o motor traseiro, refrigerado a ar, tinha apenas 25 cv.


E se “naturalizou” brasileiro – Em 1957 foram fabricadas as primeiras unidades no Brasil, saídas da planta de Anchieta, em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Na época, o índice de nacionalização era de 50%, e a Kombi tinha motor de 1.200 cm³ de cilindrada.

Teve várias carrocerias – No início dos anos 60, chega ao mercado brasileiro uma versão de seis portas, nas configurações “luxo” e standart. A Kombi Pick-Up cabine simples surge em 1967. Só em 1981 o modelo ganha uma variante “estendida”, chamada de Kombi Pick-Up Standart Cabine Dupla, e uma configuração furgão.

Ganhou um dia de comemoração – No Brasil, entusiastas do modelo elegeram o dia 2 de setembro como o Dia Nacional da Kombi, estabelecido por iniciativa do Sampa Kombi Clube de São Paulo em conjunto com o Kombi Clube do Brasil. Na mesma data, em 1957, o utilitário começou a ser produzido na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo.


Foi equipada com motores de vários tipos – Quando foi lançada na Alemanha, em 1950, a Kombi tinha motor 1.2 de quatro cilindros com refrigeração a ar e 25 cv. No Brasil, o mesmo propulsor tinha 30 cv. Com o lançamento da configuração picape, em 1967, veio o 1.5 de 52 cv. Já em 1975, a Kombi recebeu motor 1.6l de 58 cv e, três anos mais tarde, a adoção da dupla carburação gerou 65 cv. A opção com motor 1.6 a diesel surgiu em 1981, refrigerado a água, e com 60 cv, oferecido apenas para as carrocerias picape e furgão. Um ano depois, em 1982, foi lançada a versão movida a etanol. O 1.6 tinha potência de 56 cv e coletor de admissão. Tempos depois, ao final de 2005, a Kombi ganhou motor 1.4 de quatro cilindros flexível. Na ocasião, a Volkswagen informou que o modelo havia se tornado até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico que o antecessor, ainda refrigerado a ar.

Saiu de cena em dezembro de 2013 – A última unidade da Kombi foi produzida em 2013. O governo decretou oficialmente o “funeral” da Kombi quando o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) recusou o pedido da Volkswagen e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para que a indústria continuasse a fabricar por mais dois anos o modelo sem incluir airbag e freio ABS. No País, desde janeiro de 2014, é exigido por lei que todos os carros fabricados a partir da data devem ser equipados com air bag e ABS. Além dos entusiastas, o fim da produção da Kombi deixou aproximadamente mil pessoas desempregadas.

Teve campanha premiada de “deslançamento” – A campanha “Últimos desejos da Kombi”, que marcou o fim da produção do veículo, recebeu sete prêmios no Festival de Cannes em 2014. Criados pela Volkswagen em parceria com a AlmapBBDO, os anúncios receberam dois Leões de Ouro na categoria Branded Content & Entertainment, que avalia a criação e a integração de conteúdos originais de uma marca. Outros cinco Leões de Bronze ficaram divididos nas seguintes categorias: dois na Direct (comunicação dirigida com o intuito de gerar respostas ou ações específicas, construindo e prolongando relacionamentos) e três em PR (Relações Públicas), Film e Cyber (comunicação online, digital e tecnológica). A campanha se tornou a mais premiada da Volkswagen do Brasil no festival de Cannes. Entre as ações da campanha de despedida da Kombi, um site reuniu histórias do público sobre o seu relacionamento com o veículo (foram recebidos mais de 300 relatos, que se tornaram um livro) e o lançamento da série especial Last Edition, com edição limitada a 1.200 exemplares numerados.


Último modelo produzido foi parar em museu na Alemanha – A última unidade da Kombi saiu de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e foi parar no museu de veículos comerciais do Grupo Volkswagen, na cidade de Hannover, na Alemanha. A edição brasileira Last Edition foi escolhida justamente pelo fato de o Brasil ser o último país do mundo a encerrar a produção da “Velha Senhora”. O modelo que “repousa” no museu tem pintura especial em duas cores azul e branco no estilo “saia e blusa” como ficou conhecido pelo público. O interior conta com cortina nas janelas laterais e traseira e bancos com forração em vinil com faixas azuis e brancas. Nas portas o acabamento é azul. O motor é o 1.4 flexível com 78 cv quando abastecido com gasolina e 80 cv com etanol. O torque é de 12,5 mkgf e 12,7 mkgf, respectivamente. O câmbio é manual de quatro marchas e os pneus têm medida 185/80 R14.

Foi vendida em mais de 100 países – A trajetória internacional da Kombi brasileira se inicia com a história das exportações da Volkswagen do Brasil nos anos 70. Os principais mercados externos da Kombi foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai. Até dezembro de 2014, a fabricante exportou 94.334 unidades da Kombi, que foi produzida ainda no México e na Alemanha. (Atualizada às 14h30)


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.