O grande calcanhar de Aquiles dos Peugeot 208 automáticos era o antigo câmbio de quatro marchas, que aproveitava pouco o bom motor 1.6. Porém, na linha 2018 o hatch finalmente ganhou a caixa de seis velocidades, usada em todos os outros carros da marca.
Ela vem nas versões Allure e Griffe, avaliada pelo Jornal do Carro. Tabelada a R$ 70.490, traz um pacote bem completo de itens de série, além de nova central multimídia.
A transmissão de seis marchas melhorou bastante o comportamento do 208 de topo. Agora o hatch ficou como sempre deveria ter sido: esperto e confortável. Isso porque a transmissão antiga acabava “enforcando” o 1.6 com suas meras quatro marchas. Com as duas adicionais, as relações ficaram mais próximas e deram agilidade ao hatch compacto no uso urbano.
Na estrada, o 208 também vai muito melhor. Em subidas de serra, por exemplo, o câmbio é menos indeciso e as marchas mais curtas fazem o hatch manter o ritmo com menos sufoco. Em velocidades de cruzeiro, o motor funciona em rotações mais baixas, o que diminuiu o ruído a bordo.
A novidade não só disfarça os 4 cv que o 1.6 perdeu na adequação ao novo câmbio como melhorou o desempenho do carro. Agora são 118 cv, ante os 122 cv de antes. O consumo, no entanto, não foi alterado, segundo informações do Inmetro.
Novo multimídia
Por dentro, a novidade da linha 2018 é a nova central multimídia. O equipamento foi ligeiramente reposicionado no painel e ganhou nova interface. Também há suporte às plataformas Android Auto e Apple CarPlay – antes só a da Apple funcionava no 208. O sistema ficou bem mais simples de usar e tem respostas mais rápidas.
A versão Griffe é muito bem equipada, com seis air bags, ESP, teto solar panorâmico e ar-condicionado digital de duas zonas de série.
Há ainda sensores de luminosidade, de chuva e de obstáculos na frente e atrás. O senão é o espaço interno. Adultos com mais de 1,70 m podem passar por apertos no banco traseiro.
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