Ao longo de 31 anos, o JC traduziu em suas capas os momentos mais marcantes do mundo do automóvel. Confira algumas:
1982 – Nasce o Jornal do Carro:
Na edição de 4 de agosto de 1982, foi publicada pela primeira vez a Tabela JT, bolsa de preços de usados que se tornaria a principal referência do mercado. Trazia os preços médios de 34 modelos de carros e seis de motos, resultado do cruzamento de 3 mil cotações obtidas nos 15 dias anteriores pela equipe da área de pesquisa.
1986 – Adeus ao Fusca
Uma das edições mais marcantes da história do caderno foi a que noticiou a morte do Fusca – tão importante que mereceu uma edição especial em 12 de agosto de 1986, uma terça-feira. “Ele não conseguiu se modernizar”, justificou o presidente da VW à época, sem imaginar que o besouro ensaiaria uma volta em 1993.
1990 – Vez dos importados
Com a abertura do mercado feita pelo governo Collor, os carros estrangeiros ganharam as páginas do JC. Uma das primeiras capas dedicadas ao tema foi a da edição de 16 de maio de 1990, que trazia apostas sobre quais seriam os escolhidos pelas montadoras para desembarcar no País, incluindo Honda Accord e Hyundai Excel.
1990 – Era dos populares
“Surpresa: o Uno Mille anda!”, foi a manchete da edição de 29 de agosto de 1990. O JC trazia as primeiras impressões ao volante do Fiat, o pioneiro com motor 1.0 no País. Na avaliação completa, em 26 de setembro, o tom foi menos empolgado. Para cortar custos, os apoios de cabeça e até a quinta marcha eram itens opcionais.
1990 – Ferrari F40
Um dos modelos mais emblemáticos da Ferrari e presença certa nos pôsteres que enfeitavam os quartos de adolescentes nos anos 90, a F40 foi o principal destaque do Salão do Automóvel de 1990. A mostra, assunto da edição de 31 de outubro, também teve atrações como o Mercedes-Benz 500 SL e o Alfa Romeo 164.
1992 – Flagra: Gol “Bolinha”
O JC antecipou como seria a segunda geração do VW Gol, que ficou conhecida como “Bolinha”, quase dois anos antes de seu lançamento. As fotos aéreas, feitas na pista de testes da VW em Tatuí (SP), revelaram o entre-eixos 7 cm maior e a ausência de quebra-vento. O furo mundial foi a capa da edição de 23 de dezembro de 1992.
1994 – Briga dos 1.0
Com a isenção do IPI para os motores de até 1.000 cm3, o governo via nos “populares” um caminho para ampliar o acesso do brasileiro ao carro zero-km. A edição de 13 de abril de 1994 convidou cinco pilotos, incluindo um imberbe Hélio Castroneves, para testar na pista os cinco modelos à venda: Corsa, Fusca, Hobby, Gol e Mille.
1999 – Incentivo ao etanol
Depois de representar 96% do mercado em 1985, os motores a álcool tinham menos de 0,1% de participação em 1998. Com novas vantagens fiscais, as fábricas tentaram reagir. O JC de 27 de janeiro de 1999 comparou duas das poucas opções disponíveis, Gol e Palio, e concluiu que elas poluíam tanto quanto as “irmãs” a gasolina.
2002 – Ford EcoSport
A capa de 9 de outubro de 2002 destacava o Ford EcoSport, atração do Salão do Automóvel daquele ano, que dava início a um novo segmento de utilitários no País. A expansão desses modelos para além do nicho das famílias foi antecipada pelo JC, que em janeiro de 2004 já comentava o sucesso que eles faziam com os solteiros.
2003 – Primeiros flexíveis
Os motores bicombustíveis começaram a dar as caras no mercado brasileiro em 2003. A capa da edição de 23 de julho trazia um comparativo entre os modelos pioneiros no uso dessa tecnologia, o Gol e o Corsa. A palavra “flexível” continuou em destaque nas avaliações por alguns meses, mostrando a importância do novo tema.
2007 – 25 anos de JC
A edição do dia 8 de agosto de 2007 celebrou os 25 anos do Jornal do Carro. A capa mostrava os doze melhores carros de passeio do País, fruto de uma votação que mobilizou a equipe pelo segundo ano seguido. Também fizemos o perfil de um leitor do JC que nasceu no mesmo dia do lançamento do caderno: 4 de agosto de 1982.
2009 – A invasão chinesa
A partir de 2009, o mercado brasileiro passou a receber uma terceira leva de carros importados, com a chegada das chinesas Chery, Lifan e, em 2010, JAC Motors. A capa da edição de 29 de setembro de 2009 trazia um duelo entre os sedãs médios Lifan 620 e Chery Cielo, que disputavam um lugar ao sol na faixa dos R$ 40 mil.