A Hilux agora tem pegada de carro de passeio. Feita na Argentina, a oitava geração da picape Toyota estreia no dia 18, foi totalmente renovada, se destaca pelo conforto a bordo e pela melhoria na estabilidade sem Comprometimento da capacidade off-road. O preço sugerido parte de R$ 114.860, no caso da versão chassi-cabine (sem caçamba), que chega no fim do ano, e alcança R$ 188.120 na de topo, SRX, que tem cabine dupla, tração 4×4 e câmbio automático de seis velocidades.

Aliás, as versões de cabine dupla começam em R$ 130.960, com caixa manual também de seis marchas e tração 4×2. O novo motor 2.8 a diesel de quatro cilindros substitui o 3.0 e gera 177 cv – o ganho foi de 6 cv. O torque aumentou 22% (câmbio automático) para 42,8 mkgf a 1.400 rpm e 25% (manual), para 45,9 mkgf a 1.600 rpm.

A Hilux mudou completamente e traz novas plataforma e chassi. De acordo com informações da Toyota, várias partes da carroceria, como teto e portas, também são novas.

A picape cresceu 9 cm – a maior parte na dianteira, para melhorar o desempenho em testes de segurança e a proteção para pedestres em caso de atropelamento. Largura e altura, por sua vez, foram reduzidas.

Um ponto negativo é o espaço no banco traseiro. Com o aumento do comprimento, era de se esperar ampliação da área para as pernas, o que não ocorreu – a distância entre os eixos foi mantida. Além disso, o túnel central alto atrapalha a acomodação do passageiro do meio.

No interior, aliás, o acabamento está mais bonito e luxuoso. A coluna de direção ganhou ajuste de profundidade e o volante é novo. Outra novidade é o acionamento elétrico da tração 4×4 por meio de botão. Até então, o sistema era ativado por alavanca ao lado da do câmbio.

Nas versões mais caras, há tela de 7” na qual é possível controlar o sistema multimídia e outras funções do carro.

Em movimento, as respostas da Hilux melhoraram. Embora o motor seja “menor” que o antigo, a ampliação da potência e do torque, associada ao bom gerenciamento do câmbio de seis marchas, deu vigor à picape.

Avaliamos a versão SRX, de topo da gama. Na prática, as reações do utilitário da Toyota aos comandos do acelerador são progressivas, sem “buracos” perceptíveis e, ao mesmo tempo, bastante suaves.

Outro aspecto que chama a atenção é o baixo nível de ruído a bordo. Mesmo quando são feitas acelerações fortes, o som do motor é neutralizado pelo bom isolamento acústico e não incomoda os ocupantes. Além disso, na nova Hilux não há aquela vibração típica de veículos a diesel no volante, manopla de câmbio e pedal do acelerador.

Um dos aspectos que mais melhorou em relação ao modelo anterior é o conforto a bordo. Boa parte dessa evolução pode ser creditada às mudanças no chassi e suspensão – os engenheiros implementaram aumento do curso e no feixe de molas traseiro, o que fez com que a Hilux deixasse de ser desconfortável para quem viaja no banco de trás. Mesmo ao rodar no fora de estrada com a caçamba vazia, o modelo pula pouco.

A estabilidade do conjunto também melhorou. A carroceria balança pouco e a picape passa sensação de segurança mesmo ao contornar curvas mais rápidas. Recalibrada, a direção com assistência hidráulica ficou mais precisa e direta.

Bom recheio. Agora, a Hilux vem de série com itens como ar-condicionado, air bag para os joelhos do motorista e bloqueio do diferencial traseiro desde a versão de entrada. A com cabine simples acrescenta os modos de condução Eco e Power ao câmbio. Na SR, o destaque é a chave do tipo canivete.

A SRV traz tudo isso mais controle de estabilidade e assistente de subida. Na SRX, há ainda assistente de descida, air bags laterais e do tipo cortina, faróis de LEDs, luzes de uso diurnas e rodas de liga de 18 polegadas (as demais têm 17”.

O motor flexível receberá melhorias e chegará à nova Hilux no segundo semestre de 2016.