O Jaguar E-Pace é alvo de grandes ambições da marca. O modelo é o novo SUV de entrada e terá a missão de ser o carro mais vendido da montadora no Brasil e no mundo. Com preços partindo de R$ 222.300 na versão P250, ele chega em abril com bons predicados para conseguir seu objetivo.
No Brasil, o E-Pace será vendido com duas opções de motor. A P250 tem um 2.0 turbo com 249 cv. A P300 tem o mesmo 2.0, mas calibrado para entregar 300 cv. Em ambos o câmbio é automático de nove marchas com opções de trocas manuais na alavanca ou por aletas atrás do volante.
As versões de entrada e as intermediárias R-Dynamic S (R$ 246.750) e First Edition (R$ 275.900, limitadas a 60 unidades) usam o motor de 249 cv. O motor mais forte é restrito à versão de topo R-Dynamic SE vendida por R$ 278.080.
Por dentro, o novo “filhote” da Jaguar é bem acabado. Há couro e materiais macios ao toque espalhados pela cabine. Alguns plásticos rígidos estão em regiões menos nobres da cabine, como sob o painel e nas colunas das portas, mas não chegam a quebrar a aura de sofisticação do interior.
Motorista e passageiro da frente viajam com conforto, mas os ocupantes de trás precisarão racionar o espaço. O vão para as pernas é pequeno e adultos com mais de 1,75 poderão ficar apertados.
Todas as versões têm itens como painel virtual e central multimídia. Teto solar panorâmico vem apenas nas P250 First Edition e P300 R Dynamic SE. Sistemas de segurança como controle de cruzeiro adaptativo e monitore de ponto cego, equipam apenas o modelo mais caro.
Rodando com o Jaguar E-Pace
Com o motor de 300 cv, o E-Pace surpreende pelo bom desempenho. O utilitário ganha velocidade com rapidez, ajudado pelas trocas rápidas do câmbio automático. Logo a 1.500 rpm o 2.0 mostra a que veio e o E Pace dispara à frente com decisão.
Em modo Dynamic, o mais esportivo, o Jaguar tem respostas ainda mais rápidas ao acelerador. No entanto, o modelo mais se destaca pelo excelente comportamento em curvas. Nas estradas sinuosas da costa da Córsega, onde avaliamos o E Pace, tanto suspensão como o sistema de tração integral brilharam ao controlar muito bem o movimento da carroceria e ao manter o carro no rumo, mesmo em pista escorregadia.
A suspensão, no entanto, é firme, o que tira um pouco do conforto de rodagem. As rodas grandes, de 20 polegadas, contribuem para o rodar duro. O modelo não chega a ser desconfortável, mas está longe de ser como um sedã de luxo. O E Pace sacoleja sobre pisos ruins os pneus sofrem com asfalto mau cuidado.
Outro senão é o timbre do 2.0. O quatro cilindros é bem silencioso em uso normal e quase não se faz presente. Mas quando o motorista exige mais do propulsor, o ruído não empolga. Em rotações mais altas, o 2.0 soa “comum” demais para um modelo da categoria. Embora o desempenho seja ótimo, um tom mais encorpado do escapamento faria muito bem ao E Pace.
Ficha técnica
Motor: 2.0, 4 cil., turbo, gasolina
Potência: 300 a 5.000 rpm
Torque: 41,3 a 1.200 rpm
Comprimento: 4,43 m
Peso: 1.832 kg
Porta malas: 577 litros
PRÓS E CONTRAS
Prós: Desempenho. Motor 2.0 entrega muita força em baixas rotações e, mesmo com peso elevado, faz E Pace andar muito bem.
Contras: Espaço interno. Passageiros do banco de trás terão problemas para se acomodar. Teto é baixo e espaço entre bancos limitado.