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Veja por que usar cadeirinhas infantis
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Veja por que usar cadeirinhas infantis

Modelos vendidos no Brasil ainda estão atrás no quesito segurança, mas ainda são indispensáveis

28 de jan, 2015 · 5 minutos de leitura.

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 Veja por que usar cadeirinhas infantis

Transportar crianças pequenas no carro é um desafio. Além de mantê-los entretidos durante a viagem, garantir sua segurança é fundamental. O problema é que as cadeirinhas vendidas no Brasil não têm níveis de segurança comparáveis aos das oferecidas na Europa e Estados Unidos, por exemplo, de acordo com a mais recente bateria de testes realizada pela associação de apoio a consumidores Proteste em conjunto com o Global NCAP. Nenhum dos produtos testados obteve mais de três estrelas de cinco possíveis (leia mais abaixo).

O Inmetro regulamenta os modelos vendidos no País de acordo com a NBR 14400 que, no entanto, não prevê testes de impacto lateral ou sistema de fixação Isofix. Padrão na Europa e presente em alguns carros nacionais, como o Volkswagen Up!, esse sistema prende a cadeirinha diretamente à estrutura do veículo, enquanto no Brasil o equipamento é fixado pelo cinto de segurança.

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De qualquer modo, o uso das cadeirinhas é fundamental, segundo o engenheiro e pesquisador do Proteste Dino Lameira. “Jamais se deve transportar crianças no carro sem algum dispositivo específico”, diz.

Isso porque, independentemente do tipo de fixação, utilizar o dispositivo é muito mais seguro que deixar os pequenos soltos ou atados aos cintos.

A praticidade no uso é um dos aspectos mais relevantes na hora da escolha. “Colocar e tirar o bebê do assento com rapidez e facilidade é muito importante”, conta a empresária e atriz Heloísa Cintra, mãe de João, de 1 ano e quatro meses. Para a especialista de processos Sheila Burgos, o preço não deve balizar a escolha do produto. “O nosso bem mais importante não tem valor”, diz.


SAIBA COMO SÃO FEITOS OS TESTES

Para testar o nível de segurança oferecido pelas cadeirinhas infantis, a Proteste utilizou a estrutura de um Volkswagen Golf de sétima geração, vendido atualmente no Brasil, para simular o banco traseiro de um veículo. O “esqueleto” do carro corre sobre trilhos e para repentinamente após atingir 64 km/h.

Isso força a movimentação do conjunto e expõe falhas na fixação ao banco, no sistema de retenção do bebê no assento e nos materiais usados na construção do dispositivo.


No assento, um “dummie” (boneco que reproduz uma criança) recebe vários sensores que medem deslocamento e aceleração na cabeça, além de forças exercidas entre pescoço, cabeça e tórax.

De posse dos dados obtidos no ensaio, o Global NCAP, responsável pela realização do teste de colisão, emite uma nota, que vai de zero a cinco estrelas, similar ao da classificação de segurança dos carros, para cada cadeirinha. Em 2014, também foram realizados testes de impacto lateral a 28 km/h.

Além da segurança oferecida pelo dispositivo, facilidade de uso, materiais e informações no manual do produto também entram na conta.


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