
Quando se fala em superesportivos, os nomes que vêm mais rapidamente em geral são os de Ferrari, Lamborghini, Porsche, Aston Martin ou McLaren. No entanto, muitas outras marcas tentam um espaço nesse mercado difícil, de carros exclusivos e motores muito potentes. A maioria é de fabricantes pequenas, de várias nacionalidades.
TVR Tuscan. O modelo inglês é feito pela TVR, que foi criada ainda em 1947 para produzir carros esportivos leves e com motores potentes. Em meio a diversos modelos produzidos ao longo dos anos, assim como mudanças na administração da marca, a TVR conseguiu produzir carros emblemáticos, como o Griffith e o Chimaera no início dos anos 1990 e os mais recentes Tuscan e Sagaris. Os mais antigos usavam motores V8 da inglesa Rover, enquanto os mais novos já vinham com o propulsor Speed Six, desenvolvido pela própria TVR. Os carros dessa marca ficaram conhecidos pelo temperamento “indomável”, muito pela falta de qualquer sistema de segurança como airbags e freios ABS. Eram carros que não toleravam deslizes do motorista.
Caterham Seven. O Seven é praticamente o mesmo carro desde o lançamento em 1973. O modelo recebeu diversas atualizações ao longo do tempo e motores mais potentes, com até 335 cv, mas continua sendo um dos pilares entre os esportivos ingleses de pequeno volume. O Seven é derivado do Lotus Seven, produzido entre 1957 e 1972. Após isso, a Caterham comprou os direitos de produção do modelo de pouco mais de 500 kg de peso bruto e passou a fazê-lo.
Morgan Aero. Outra inglesa ainda na ativa é a Morgan e seus modelos também retrô. Os carros ainda usam chassi de madeira e processos produtivos de antigamente. Todos os modelos têm o visual clássico com para-lamas abaulados, estribos e mesmo os Aero, com ares mais modernos, são uma releitura dos antigos. Eles usam motores V8 com potências na casa dos 370 cv que puxam carrocerias leves, com menos de 1.200 kg.
Zenvo ST1. No entanto, outros países também têm suas fabricantes pequenas. Da Dinamarca vem a Zenvo, com seu ST1. O estiloso superesportivo é o único produto da marca. Ele usa um V8 de 6.8 litros com turbo e compressor mecânico para render até 1.267 cv. Essa cavalaria toda é capaz de levar o carro aos 375 km/h.
DeTomaso Pantera. Algumas fabricantes de menor porte já fecharam as portas, caso da italiana De Tomaso. A marca foi criada em 1959 e permaneceu ativa até 2004, quando o Guarà deixou de ser produzido. A De Tomaso ainda produziu os Vallelunga, Mangusta e o mais conhecido Pantera. Ele foi lançado em 1971 com motores V8 da Ford. A montagem dos carros era primordialmente manual, com menos de 100 unidades anuais. Só depois dos anos 1980 que os volumes aumentaram. A De Tomaso chegou a ter boa representatividade na indústria, tendo sido dona da Maserati entre 1976 e 1993. A Moto Guzzi havia sido comprada três anos antes da Maserati.
Spyker C8. Outra que, mais recentemente, teve o futuro dado como incerto é a holandesa Spyker. A fabricante retomou o nome de uma antiga fábrica de aviões para produzir esportivos bastante originais desde 1999. O primeiro foi o Silvestris, que usava o V8 de 4.2 litros da Audi, com 406 cv. Mas quem tornou a marca conhecida foi o C8 e seu interior extremamente elaborado. O carro tem versões cupê, conversível e até com motor V12, e ainda é produzido, mesmo com as dificuldades enfrentadas pela marca.
Essas marcas muitas vezes enfrentam problemas com fornecimento de motores, peças e mão-de-obra para completarem seus carros, mas continuam oferecendo carros únicos, feitos à mão, com detalhes exclusivos e produção limitada. Por isso elas se mantém vivas, ou pelo menos tentam.