Diferentemente do que acontece com o mercado de carros novos em geral, cuja retração no ano, de cerca de 30%, vem motivando grandes descontos (leia nas páginas 6 e 7), no segmento de blindados a perspectiva é de estabilidade e até de alta nas vendas. O otimismo é tão grande que o Grupo Avallon, por exemplo, investiu R$ 15 milhões em uma fábrica que permitirá ampliar em 50% sua produção de veículos blindados.
A nova planta, que fica na grande São Paulo e será inaugurada em julho, tem 8 mil m2 de área construída. “Poderemos ampliar a produção mensal para 150 unidades”, diz o diretor da empresa, Rafael Barbero.
Segundo ele, as vendas têm se mantido estáveis. “Vendemos entre 90 e 100 carros novos por mês”, diz. “Nada indica que isso vai mudar.”
A opinião de Barbero é compartilhada pelo diretor da Concept Blindagens, Fábio Rovêdo de Mello. Ele diz que no primeiro bimestre houve queda nas vendas motivada pela desaceleração dos emplacamentos. “Como temos parcerias com concessionárias de várias marcas, houve retração no início do ano, mas logo conseguimos recuperar nossos volumes.”
Mello diz que não dá para garantir o que ocorrerá nos próximos anos, mas a tendência é de estabilidade. “O mercado não dá grandes sinais de desaceleração. E tem havido aumento na procura por utilitários-esportivos compactos, como o Audi Q3, o Volkswagen Tiguan e o BMW X3, por exemplo.
“O segmento de blindados nem de longe sofreu a queda do mercado em geral”, afirma o presidente da Abrablin, que reúne a maioria das blindadoras do País, Rogério Garrubbo. De acordo com ele, historicamente há um avanço das vendas no segundo semestre.
Embora os dados mais recentes divulgados pela associação sejam de 2014 (veja abaixo), fontes apontam que em 2015 houve uma pequena alta nas vendas, para cerca de 12 mil unidades. “A partir de conversas informais com associados, é possível dizer que as vendas em 2016 dever ser muito parecidas com as de 2015”, diz Garrubbo.