NÍCOLAS BORGES
Uma Ferrari, independentemente do modelo, é sempre um carro especial. E a 458 Italia, lançada no ano passado, não foge à regra. Com 570 cv, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. Para quem busca algo além, a preparadora inglesa Oakley Design assina a unidade avaliada com exclusividade pelo JC e oferecida no País por importação independente a R$ 1,5 milhão.
Com o sobrenome 630 Carbon Edition, essa versão é ainda mais potente, leve e exclusiva que a original. Seu motor V8 de 4,5 litros teve a central eletrônica remapeada e agora rende 623 cv, um salto de 53 cv. O torque também subiu e passou de 55 para 58,4 mkgf.
Com isso, a 458 Italia Carbon Edition acelera de 0 a 100 km/h em meros 3 segundos e pode atingir 335 km/h (10 km/h a mais que o superesportivo de fábrica). Tudo isso com um grito ainda mais ardido, cortesia do escapamento de titânio, 32 kg mais leve que o do equipamento original.
Outro material nobre amplamente usado nesta Ferrari é a fibra de carbono. São feitos desse composto a extensão do defletor frontal, o teto, as saias laterais, as capas dos retrovisores e do motor, além de itens na cabine. Para chegar à redução total de 65 kg, cada roda (de liga leve forjada, da HRE) de 20 polegadas é 5 kg mais leve que a original.
Emoção nua e crua
A soma das alterações feitas pela Oakley Design resulta em um carro muito nervoso, que parece pronto para desafiar a habilidade de quem o conduz. Até porque a potência extra e o peso menor se sobressaem com a “ansiedade” maior do acelerador e o ronco mais forte e agudo.
Em qualquer uma das sete marchas do velocíssimo câmbio de duas embreagens, e a qualquer velocidade, basta pisar (nem precisa ser fundo) no pedal da direita e ver tudo se mexer muito rápido: a paisagem, os números no velocímetro digital e o ponteiro do conta-giros.
Por sinal, a rotação do motor sobe tão rápido que se não fossem as luzes vermelhas embutidas no topo do volante, seria fácil entrar na faixa vermelha, que começa a 9 mil rpm, valor mais comum de se ver em motos.
Mas essa 458 Italia não atrai só pela agressividade. Até a cabine ganhou requintes diferenciados. Como o acabamento de fibra de carbono nas soleiras, console central e conchas dos bancos, que têm revestimento especial, de alcântara. Outro extra é o sistema de som da JBL, que, obviamente, ficou desligado durante a avaliação. Isso para não atrapalhar a ronco dos oito cilindros.
De chato mesmo, só o volante que inclui até comandos de seta e do limpador de para-brisa. Mas dá para se acostumar…
Agradecimento: Só Veículos, (11) 3825-5000