A Volkswagen do Brasil anunciou que irá comprar 194 carros de volta dos seus atuais proprietários. O problema, segundo a montadora, é que os veículos foram vendidos com peças pré-série, que não tinham a documentação interna adequada.
O problema atinge unidades de Touareg, CC, Passat, Passat Variant, Tiguan, Golf, up!, Fox, CrossFox, Saveiro, Polo, Polo Sedan, Gol, Parati e Voyage. Esses carros são ano/modelo 2009 a 2018, mas foram produzidos entre 2008 a fevereiro de 2017.
Os veículos receberam peças “em parte não final de produção”, que em geral são conhecidas como pré-série. Durante a fabricação houve erro na documentação interna dessas 194 unidades. Assim, a montadora não tem como saber quais são as peças de pré-série que foram instaladas.
Por isso, a companhia, em um movimento mundial, está recomprando esses veículos. Segundo a VW, não há nada que proíba a venda de veículos com peças em pré-série. Para chegar a esses carros, a Volkswagen do Brasil afirma que fez uma auditoria na documentação dos cerca de 6 milhões de carros produzidos e vendidos entre 2008 e 2017.
A Volkswagen não tem registro de quaisquer acidentes ou lesões que poderiam ser atribuídos à existência de componentes sem registro de liberação nos veículos em questão. Todos os proprietários já foram comunicados sobre como proceder para entregar o carro para recompra.
Os donos que não quiserem entregar seu veículos terão de assinar um termo de responsabilidade, eximindo a Volkswagen de culpa. Segundo a marca, o preço pago será o tabela Fipe e os carros serão destruídos por completo.
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Mesmo caso ocorreu na Alemanha
No final do ano passado, a revista alemã Der Spielgel deu uma matéria falando sobre carros na mesma condição vendidos na Europa e nos Estados Unidos. Segundo a publicação, seriam mais de 17 mil exemplares.
A Volkswagen diz que, desde a descoberta do problema em 2017, a companhia alterou os processos de documentação da produção dos veículos para que isso não voltasse a ocorrer. Na época, a publicação afirmou que o caso já era conhecido desde 2016 pelo então presidente da marca VW, Herbert Diess, que hoje é o CEO do Grupo VW.
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