Anunciada no Salão de Pequim deste ano, nova geração do Phaeton deve voltar ao mercado norte-americano
O Grupo Volkswagen fará uma ampla revisão da linha de produtos vendida nos Estados Unidos, em um esforço para revigorar as operações e aumentar sua presença no país. O futuro da minivan Routan, produzida pela Chrysler, parece incerto e o sedã Phaeton pode voltar ao mercado.
“Nenhuma decisão foi tomada quanto à Routan”, afirmou a porta-voz da VW, Jill Bratina, lembrando que o segmento de minivans foi “significativamente impactado pela crise econômica e não se recuperou completamente”. Ela disse, entretanto, que a participação de mercado da Routan é de 4% “e vemos uma oportunidade para aumentar esta parcela ao melhorar a percepção sobre o veículo”.
A Routan foi um dos últimos projetos do ex-executivo-chefe do grupo, Wolfgang Bernhard, antes que ele deixasse a fabricante em 2007 como parte de uma reforma no quadro de gerenciamento, seguido de conflitos com sindicatos em meio a uma profunda reestruturação.
A companhia planeja adicionar a nova geração do sedã Phaeton – topo de linha da VW – à gama de produtos oferecida nos EUA. Isso reverteria uma ação tomada durante a era Bernhard, em razão das vendas fracas.
A maior montadora da Europa em vendas quer mais do que triplicar seus números nos EUA, para um milhão de unidades por ano até 2018, com a marca premium Audi respondendo por mais de 200 mil veículos. No ano passado, a VW vendeu 213.454 veículos no país, 4,3% abaixo dos 223.128 de 2008. Mas sua participação de mercado subiu para 2,1% do total, contra 1,7% em 2008.
Crescer nos EUA é imperativo para o plano de expansão de longo prazo da VW, que inclui ultrapassar a fabricante japonesa Toyota como a maior do mundo. A Volks se saiu melhor do que a maioria das rivais durante a crise econômica, graças principalmente à sua larga presença na China e no Brasil.
Na terça-feira, a VW revelou a nova versão do sedã Jetta – o mais vendido da marca nos EUA – que estará disponível no mercado norte-americano a partir de outubro. Em outro anúncio, a companhia informou que construirá outra fábrica no país, para a produção de um sedã médio (o Passat) a partir de 2011, com investimento de US$ 1 bilhão. As informações são da agência Dow Jones.
