A Volkswagen suspendeu um executivo após denúncias de que teria bancado testes que expuseram macacos e humanos à fumaça tóxica de diesel. Os métodos foram classificados pelo presidente-executivo da montadora alemã de veículos como “repulsivos”.
A maior montadora da Europa está passando por novo escândalo. O caso veio à tona após uma reportagem do jornal New York Times na semana passada. O grupo VW e as rivais BMW e Daimler fundaram o “Grupo Europeu de Pesquisa em Meio-ambiente e Saúde no Setor de Transportes” para comandar os testes.
A reportagem veio mais de dois anos depois que a Volkswagen admitiu adulterar os testes de emissão de poluentes de motores a diesel. Isso deu início à maior crise na história da empresa. Na época, a VW prometeu mudanças extensas para garantir que esse tipo de conduta não aconteceria novamente.
“Durante o fim de semana tivemos que aprender uma vez mais que ainda há um longo caminho a nossa frente para reconquistar a confiança perdida”, afirmou o presidente-executivo da Volkswagen, Matthias Mueller. Essa foi sua primeira declaração pública em relação ao novo escândalo.
“Os métodos usados pelo grupo nos EUA foram errados, eles foram antiéticos e repulsivos”, disse ele. “Eu sinto muito que a Volkswagen esteja envolvida no assunto como um dos apoiadores do grupo de pesquisa.”
Na terça-feira, a VW aceitou o pedido de afastamento de Thomas Steg. Ele era o chefe de lobby desde 2012 e ex-porta-voz do governo alemão. Foi indicado para seu lugar interinamente o especialista em política, Jens Hanefeld.
TESTES PARA DETERMINAR POSSIBILIDADE DE CÂNCER
O conselho da empresa vai reunir seu comitê executivo na próxima semana. Eles devem discutir as investigações internas e assegurar que tais incidentes não se repitam.
A pesquisa desenvolvida, conduzida em 2014, foi feita para defender o uso do diesel após revelações de que os gases emitidos pelos motores que usam o combustível era causadores de câncer, segundo o NYT.