
O Jornal do Carro esteve na fria Gotemburgo, na Suécia, para conhecer a nova tecnologia Drive Me, da Volvo. O sistema foi desenvolvido em conjunto com o Lindholmen Science Park, localizado nos arredores da cidade sueca, e será capaz de conduzir sozinho os carros da marca.
Um dos primeiros protótipos, um sedã S60 T6, com motor seis cilindros turbo de 306 cv e tração integral, já circula em testes por um anel viário em torno de Gotemburgo. Por enquanto, os engenheiros da Volvo limitaram o itinerário a vias expressas e com tráfego menos denso, devido ao estágio ainda inicial dos testes de campo. A previsão inicial é que os primeiros Volvo Drive Me cheguem às mãos de consumidores comuns em 2017. Num primeiro momento, serão 100 carros entregues a pessoas selecionadas pela Volvo, que farão parte da última fase de experiência. A Volvo projeta apenas para 2019 as primeiras vendas.
A ideia sob o projeto Drive Me é dar aos motoristas a opção de deixar o carro dirigir por si só, seguindo uma rota programada, criando tempo para a realização de outras tarefas que teriam de esperar o motorista chegar no destino. Isso inclui falar ao telefone, terminar algum trabalho ou apenas descansar (mas sem dormir, já que o carro monitora diretamente os olhos do motorista).
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O Drive Me faz parte da estratégia contínua da Volvo de oferecer cada vez mais segurança no carro. A intenção da marca é deixar o veículo fazer o serviço quando o motorista não estiver totalmente “ligado” na direção, assim evitando colisões no trânsito urbano por pequenas distrações. O objetivo final é que em 2020 nenhum Volvo se envolva em algum acidente.
O sistema é basicamente uma conjunção das tecnologias já empregadas em praticamente todos os carros da marca. Ele usa os sensores que monitoram ponto-cego, os do City Safety (que freia o carro em caso de emergência em baixas velocidades) e os do controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo, além de sensores na traseira e no teto, que dão ao carro uma visão periférica e o faz reagir a emergências mais rápido do que o motorista seria capaz.
AUTONOMOUS PARKING
Outra vertente do Drive Me é automatizar a ação de estacionar o carro. O Autonomous Parking permitirá ainda que o motorista apenas pare o carro na entrada de um estacionamento e, por um aplicativo instalado num smartphone, comande que o carro procure sozinho uma vaga e lá estacione.
Na hora de ir embora, basta um novo comando no telefone que o carro retorna até o ponto de encontro determinado. Por enquanto, a Volvo testa os dois sistemas separadamente, mas o projeto final é de juntá-los no mesmo carro.
EM MOVIMENTO
O sistema, de fato, funciona. Ao menos no percurso de testes usado pela Volvo. A atuação do Autopilot, como o sistema de direção autônoma será chamado, é discreta e o único “detalhe” que indica seu funcionamento é que o volante gira sozinho ao acompanhar as leves curvas do trajeto ao redor de Gotemburgo.
É possível fazer pequenas correções pelo volante e até aplicar os freios sem que o Autopilot seja desligado. E ainda é necessário ajuda humana para mudar de faixa, por exemplo. Mas a versão final deverá ser capaz de fazer isso sozinha.
Viagem a convite da Volvo