A produção do famoso motor VR6 da Volkswagen chegou ao fim depois de 34 anos. A última unidade – dentre 1,87 milhão fabricadas – saiu da linha de montagem em dezembro último. E, claro, sem previsão de substituto, uma vez que com a eletrificação, os esforços das montadoras estão concentrados em fazer motores elétricos cada vez mais eficientes. Assim, os propulsores a combustão estão sendo deixados em segundo plano.
Apesar de ter estreado nos modelos Corrado e Passat em 1991 como um 2.8 de 174 cv, o VR6 se despede em um SUV. Mais precisamente um Audi Q6 disponível no mercado chinês – não confundir com o Q6 e-tron, que chegou há pouco mais de um mês no Brasil. O veículo traz um 2.5 de 300 cv e 51 mkgf.
O mítico motor, aliás, equipou carros não só da VW e Audi, mas também de outras marcas do grupo como Seat e Porsche, por exemplo. Mas sem dúvidas o carro mais emblemático a receber o VR6 é o Golf R32, que trazia um 3.2 de 250 cv sob o capô.
O que significa VR6?
O VR6 nada mais é que um seis cilindros em V, como um V6 tradicional, mas com atributos de motores em linha – por isso a adição do R (de Reihenmotor, em alemão). A grande diferença é em relação ao ângulo do “V”, de apenas 15o no VW, enquanto nos propulsores comuns costuma ser de 60o – salvo raras exceções.
Graças a essa característica o motor era montado com apenas uma cabeça e duas árvores de cames para comandar as válvulas, em vez de duas e quatro, respectivamente. Isso ajudou a simplificar a construção e reduzir custos. Além disso, por ser mais estreito, não ocupava muito mais espaço que um motor em linha, facilitando sua aplicação tanto em modelos com tração dianteira como em posição transversal do grupo.
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