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VW Jetta GLI chega reestilizado ao Brasil e assume de vez papel do Golf GTI
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VW Jetta GLI chega reestilizado ao Brasil e assume de vez papel do Golf GTI

Novo Jetta GLI retorna ao País com visual ainda mais esportivo e câmbio DSG com sete marchas; sedã médio começa a ser vendido em maio

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

25 de abr, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Jetta GLI
Novo Jetta GLI é equipado com o motor 2.0 TSI turbo a gasolina, que oferece 231 cv de potência
Crédito:Divulgação/Volkswagen

Após algum tempo de espera, a Volkswagen lançou oficialmente o novo Jetta GLI no mercado brasileiro. O sedã médio, revelado no ano passado nos Estados Unidos, passou por algumas mudanças no visual e ganhou novidades tecnológicas e de segurança. Importado do México, ele vem ocupar de vez o lugar do Golf GTI, já fora do mercado desde 2019. Assim, será vendido em versão única, com teto panorâmico. Ele chega às lojas em maio ao preço de R$ 216.990.

Com linhas ainda mais esportivas, o destaque do novo Jetta GLI é a dianteira. Ela recebeu um para-choques reestilizado com entradas de ar em formato de colmeia. O desenho segue para a grade, que traz o novo logo da VW, bem como o friso vermelho dos GTI com contorno cromado – que a divide em dois blocos. Os faróis são full LEDs.

Partindo para a lateral, o foco são as novas rodas de liga leve diamantadas de 18 polegadas, além das molduras pretas nas janelas e retrovisores. Enquanto isso, a traseira não passou por grandes mudanças, tendo como novidade um difusor maior e um novo sistema de escape que, de acordo com a marca, traz um ronco mais marcante ao sedã. Assim como na dianteira, o para-choques traseiro também foi redesenhado. No total, são cinco opções de cores, sendo elas: Preto Mystic, Branco Puro, Cinza Puro e as duas exclusivas Vermelho Kings e Azul metálicas.   

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Volkswagen Jetta GLI
Divulgação/Volkswagen

Cabine tecnológica

No interior, o novo Jetta GLI segue na proposta esportiva, com detalhes em vermelho no painel e nas costuras das portas e bancos. O acabamento é escuro e o material que predomina é o soft-touch. Mas as mudanças são sutis e o espaço é o mesmo de antes, embora o sedã esteja 38 mm mais comprido (4,74 m). Da mesma forma, o porta-malas mantém 510 litros.



No entanto, um dos destaques, com certeza, é o novo volante em couro, que traz os inéditos botões sensíveis ao toque – os mesmos presentes no ID.3 e ID.4. Por meio deles, é possível comandar o painel de instrumentos de 10,29 polegadas e a central multimídia de 10,1”, que tem conectividade sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, além de conexão Wi-Fi. Atrás, as aletas para trocas de marcha continuam presentes, para a alegria dos clientes e fãs.


No mais, o sedã conta com uma iluminação ambiente com 10 opções de cores, HD interno de 10 GB, faróis automáticos, espelhos laterais com desembaçador, sensor de chuva, carregador por indução para smartphones, ar-condicionado digital de duas zonas e acesso sem chave com partida por botão.

Divulgação/Volkswagen

Novos itens de segurança

Seguindo o restante da gama da VW, o GLI traz muitos sistemas de segurança. Assim, vem com seis airbags de série, controle de cruzeiro adaptativo (ACC) com função Stop&Go, frenagem automática de emergência, sistema de frenagem pós-colisão e detector de fadiga.


Mesmo motor 2.0 TSI

Se não mudou muito por fora, o Jetta GLI também tem breves alterações no conjunto mecânico. Ele mantém o motor 2.0 TSI de quatro cilindros turbo a gasolina com 231 cv de potência e 35,7 mkgf de torque a 1.500 rpm. O que muda é o câmbio automatizado de dupla embreagem DSG, que agora tem 7 marchas. Com ele, segundo a Volkswagen, o sedã vai de zero a 100 km/h em 6,7 segundos e atinge máxima de 249 km/h. Além disso, tem consumo menor.

Volkswagen Jetta GLI
Divulgação/Volkswagen

Ainda de acordo com a VW, o Jetta continua com a suspensão traseira multilink com molas rígidas e amortecedores com ajuste esportivo. Em relação à tração, o diferencial tem sensor de torque controlado eletronicamente, que monitora velocidade e força. Esse recurso ajuda no desempenho nas curvas. Por fim, há quatro modos de condução: Eco, Comfort, Sport e Individual. O Jetta GLI é o primeiro lançamento da Volkswagen em 2022 no Brasil.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.