O presidente da Volkswagen do Brasil, David Powels, confirmou nesta quarta-feira, 5, novos veículos que serão produzidos no Brasil, entre os quais uma picape e um utilitário-esportivo (SUV) de pequeno porte para disputar mercado com modelos como o Jeep Renegade e o Honda HR-V. Outro SUV, de médio porte, também está em estudo.
Ainda este ano será lançado o novo Polo e, no início de 2018, o sedã Virtus, ambos produzidos em São Bernardo do Campo (SP). Os produtos inéditos e a reorganização das três fábricas do grupo no País – cada uma dedicada a uma plataforma de produtos – são as apostas da montadora para recuperar participação no mercado brasileiro.
A Volkswagen encerrou o primeiro semestre com 12,6% de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves no País, atrás da General Motors (17,7%) e da Fiat (13,6%). As vendas da marca caíram 1,46% em relação a igual período de 2016, enquanto o mercado total desse segmento cresceu 4,2%.
Powels disse que “2017 marcará a virada de página da Volkswagen do Brasil” e que, além dos novos produtos “estamos lançando uma nova Volkswagen”.
Em evento na fábrica de Taubaté (SP) que marcou a transferência de toda a produção do Gol da unidade de São Bernardo para o interior paulista – para dar lugar à linha dos dois novos automóveis –, o executivo disse estar mais otimista em relação à recuperação do mercado brasileiro.
Ele reviu para 4% a 5% sua previsão de crescimento das vendas totais neste ano de automóveis e comerciais leves – 1 a 2 pontos porcentuais a mais que a projeção feita no início de 2017.
Com a reorganização das fábricas, Taubaté passa a responder, além do Gol (que ontem atingiu a marca de 8 milhões de unidades produzidas), pela montagem do up! e do Voyage. Em São Bernardo serão feitos Saveiro, Polo e Virtus (e provavelmente o SUV de pequeno porte em 2018). A filial de São José dos Pinhais (PR) permanece com Golf e Fox e deverá produzir um dos SUVs. Ainda não há pistas de qual fábrica ficará com a nova picape, que disputará mercado com Fiat Toro e Renault Oroch.
A concentração da produção do Gol em Taubaté não resultou em contratações, pois, segundo a empresa, a fábrica opera com ociosidade.