DIEGO ORTIZ
FOTOS: VW/DIVULGAÇÃO
No mesmo mês em que celebra 60 anos de Brasil, a Volkswagen tem outro motivo para festejar: a marca de 10 milhões de unidades produzidas da família Gol, que engloba o hatch, a picape Saveiro, o sedã Voyage e a Parati. A perua agora só é feita por encomenda.
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Essa história de sucesso começou em maio de 1980 com o Gol, simpático hatch quadradinho da família BX que estreou com motor 1.3 de 47 cv refrigerado a ar. O carro fez sucesso logo de cara por herdar a fama de robustez do Fusca.
Exatamente um ano depois chegou o sedã Voyage, que trazia propulsor 1.5, um pouco mais forte (vinha também no Passat), e mais espaço para a família. Tinha quase o mesmo visual do Jetta europeu à época.
Em 1982 foram lançados mais dois integrantes da família: Parati e Saveiro. Para entrar no nicho de mercado deixado pela Variant, a perua veio em junho com o mesmo motor do Voyage e apenas duas portas – a opção quatro-portas estreou somente em 1998.
A Saveiro, lançada em setembro de 1982, foi criada de olho na concorrência. A Fiat tinha a Fiorino e a Ford, a Pampa. Era hora de a VW entrar no jogo.
Com motor 1.6 refrigerado a ar, a picapinha não foi exatamente um sucesso na hora de encarar o trabalho pesado. Isso foi corrigido em 1985, com a vinda do propulsor a água.
RENOVAÇÃO
Líder de vendas desde 1986 – a adoção do moderno motor AP contribui para isso -, o Gol foi o primeiro carro da linha a mudar de geração. Em 1994 surgiu o famoso “Bolinha”, fruto do projeto AB9, que fez as vendas deslancharem. Além de ter injeção eletrônica, representava uma revolução estética (junto com o Chevrolet Corsa) e chegou às lojas em cinco versões.
O sedã Voyage, no entanto, não sobreviveu na nova geração da família. Apenas Parati e Saveiro continuaram alinhadas ao hatch.
Em 1996, a Volkswagen lançou a Parati G2 e deu ao modelo um apelo jovem, com motor 2.0 de 109 cv e direção hidráulica. A Saveiro G2 chegou no ano seguinte e logo depois passou a ter a interessante versão TSi, com motores 1.8 e 2.0.
Maio de 1999 foi o mês de estreia do Gol G3, que usava a mesma base do G2, mas trazia mudanças visuais significativas, principalmente no interior. No mesmo mês foram lançadas as novas Saveiro e Parati.
A perua foi o primeiro carro com motor 1.0 turbo à venda no País. Outro destaque do Gol G3 foi o pioneirismo na tecnologia flexível, em 2003.
Em agosto de 2005 chegou o Gol G4, versão menos interessante da história do hatch. Empobrecido por dentro para não rivalizar com o novato Fox, teve as sequencias de Parati e Saveiro lançadas no mesmo mês.
A “quarta geração” serviu apenas de paliativo para a espera da quinta, esta, sim, completamente renovada, em junho 2008. A G5 marca a volta do Voyage, a reestruturação da Saveiro como um modelo jovem e a pseudomorte da Parati.
A próxima geração do Gol, que utilizará a base do Up, deve chegar ao mercado em 2015.