Uma briga de casal é apontada pelo empresário Fernando Eugênio Filho como responsável pelo final feliz do caso de amor entre ele e um Alfa Romeo 1300 Junior de 1968. O modelo italiano foi comprado em 1985, em Petrópolis (RJ), depois de um desentendimento entre seu antigo proprietário e a esposa.
Embora não revele o valor do negócio, Eugênio diz que pagou uma “bagatela” pelo carro. Isso porque, de acordo com ele, esse modelo conversível é mais raro que os demais Alfa antigos que rodam pelo País – a maioria feita a partir dos anos 70. “Ele tem traseira bem diferente da dos outros”, afirma.
Segundo registros da Alfa Romeo, foram feitos apenas 2.681 desses carros, que na Itália são chamados de round tail, ou cauda arredondada em tradução livre. Os 1300 com traseira “quadrada” tiveram mais de 10 mil unidades produzidas.
O carro, que rodou somente 83 mil km, está igual a quando foi comprado pelo empresário. “Não fiz nenhuma reforma ou repintura. Esse Alfa foi um achado”, comemora.
A cor azul se destaca nas ruas e a capota de lona, que funciona perfeitamente, dá um charme extra ao “Alfinha”. No painel há conta-giros do lado esquerdo e velocímetro à direita. No console central, além do rádio há medidores do nível de gasolina, pressão do óleo do motor e temperatura da água.
O propulsor, aliás, é um quatro-cilindros, de 1,3 litro e 90 cv de potência. O câmbio é manual de cinco marchas e a tração é no eixo traseiro. Eugênio diz que, como pesa menos de uma tonelada, o modelo é muito bom de guiar. Ele conta que costuma participar de ralis de regularidade com o carro e que já foi com ele ao encontro de Araxá (MG).