Você está lendo...
Alfa 2300 Ti4 1984: raro e em ótimo estado
Carro do leitor

Alfa 2300 Ti4 1984: raro e em ótimo estado

Dono do maior acervo do sedã no Brasil, leitor mantém o carro em perfeitas condições desde 2006

15 de mar, 2014 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

 Alfa 2300 Ti4 1984: raro e em ótimo estado
Modelo é um dos dez do acervo de Paolillo

O empresário Marcelo Paolillo diz que sua paixão pela Alfa Romeo começou em 1975. Ele tinha três anos de idade quando seu pai comprou um 2300 novo, da primeira linha feita no Brasil, com o qual ficou até 1988. “Passei minha infância e adolescência dentro desse Alfa”, afirma.

++ Siga o Jornal do Carro no Facebook

Publicidade


++ Veja outros carros dos leitores do JC

++ Saiba tudo sobre carros antigos

'++ Conheça um Volvo de 41 anos com apenas 144 km rodados


Esse amor de infância voltou à tona em 2006, quando Paolillo arrematou um 2300 Ti4 fabricado em 1983. Desde então, a paixão só aumentou e ele se tornou o maior colecionador do modelo no País.

De seu acervo, composto por mais de dez exemplares, o preferido do empresário é o que aparece nas fotos desta página. Trata-se de um 2300 Ti 1984, que ele comprou em 2012.


Raro, o sedã é o primeiro carro da marca com motor a etanol. “Fui buscá-lo em Itaúna, em Minas Gerais, e voltei para São Paulo guiando no mesmo dia”, relembra Paolillo.

Com 81 mil km rodados e perto de completar 30 anos, o Alfa tem todos os equipamentos funcionando. Há ar-condicionado, rádio, direção hidráulica e travas elétricas, entre outros.


O carro traz freios a disco nas quatro rodas, direção e carroceria deformáveis e cinto de três pontos para todos os ocupantes. Algo incomum na época. “É impressionante um modelo nacional oferecer tantos itens de série em um período em que a tecnologia era escassa”, diz.

O empresário afirma que o motor quatro-cilindos do Alfa, que gera 149 cv de potência e tem carburador único, pode rodar 7 km/l de etanol na cidade e 10 km/l na estrada. “A média é boa, considerando-se o torque de 23 mkgf a 3.500 rpm.” De acordo com ele, colabora para isso a quinta marcha, outro recurso raro naquela época.


Para manter seus objetos de desejo em ordem, Paolillo tem um mecânico que conhece muito bem os macetes dos modelos fabricados pela Fábrica Nacional de Motores (FNM) e Fiat (leia mais abaixo).

Os carros são tão bem cuidados que um dos maiores colecionadores de Alfa Romeo do mundo, o suíço Axel Marx, convidou o brasileiro para conhecer o seu acervo em Lugano, na Suíça.

Ítalo-brasileiro


O Alfa Romeo 2300 foi o primeiro carro da marca feito fora da Itália. Projetado para o Brasil, o sedã chegou em 26 março de 1974 para substituir o FNM 2150, inicialmente chamado de JK.

Para comemorar os 40 anos de história do 2300, Paolillo está organizando com outros “alfistas” um passeio que percorrerá 2.300 quilômetros, passando por várias cidades brasileiras.


Na programação, está marcado um encontro, em 26 de março, no distrito de Xerém, em Duque de Caxias (RJ), local onde ficava a sede da FNM.

Foi de lá que saíram os Alfas brasileiros de 1974 a 1978, feitos em parceria com a marca italiana. “Conseguimos descobrir a data ‘exata’ do aniversário de 40 anos do carro”, comemora Paolillo. Segundo o empresário, esse tipo de evento é uma maneira de valorizar a trajetória do automóvel. “Afinal, foi por causa da história da Alfa que me apaixonei pela marca.”


Deixe sua opinião