Depois de trabalhar na área de construção civil por 20 anos, o empresário Waldemir Carvalho tirou um ano sabático. Não satisfeito em viajar e publicar um livro, ele resolveu aprender a restaurar carros. E saiu-se muito bem. O Bentley S1 1957 das fotos desta página é uma das novas joias de sua garagem, que também tem exemplares da Cadillac, Jaguar e Rolls Royce.
“São carros clássicos, têm tecnologia e charme e foram os melhores de sua época”, diz Carvalho. Ele afirma que é fã do desenho da Bentley por causa do desenho, com frente longa e traseira ‘caída’. “Enquanto os carros norte-americanos ganharam linhas quadradonas, os ingleses preservaram as arredondadas.”
Mas a escolha não foi apenas emocional. O empresário vê esses carrões como investimento e pretende passá-los adiante. “O carro antigo é uma obra de arte, já que não será mais produzido. Por isso, tende a se valorizar. A Bentley teve produção limitada, menos de mil unidades ao ano. Então, investir nela é um bom negócio.”
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Carvalho importou o S1 dos Estados Unidos há cerca de dois anos. Em vez de enviar o carro a uma oficina especializada, Carvalho alugou um galpão e abraçou o desafio de restaurá-lo sozinho. Levou oito meses. “Não existe meia restauração”, diz. “Tem de refazer funilaria, mecânica e tapeçaria. E sempre dentro dos padrões da época.” O sedã só roda nos fins de semana e conquista os passageiros pelo conforto. “Quem anda nele se impressiona com sua maciez”, diz o dono. “O acerto da suspensão é muito suave.”
Nas ruas, o perfil aristocrático do modelo inglês desperta curiosidade. “As pessoas olham com ar de surpresa para o volante à direita”, diverte-se o empresário, que afirma que isso não é problema. “É tranquilo guiá-lo aqui, exceto nos pedágios. Mas sempre levo alguém no banco do carona para pagar a tarifa.”