Leandro Alvares
Luxuoso, elegante e bastante avançado para a sua época – até regulagem elétrica dos bancos dianteiros ele tem. Mas o belo e raro Dodge Custom Royal Lancer 1957, que parece ter acabado de sair da linha de montagem, já esteve em condições precárias. “Era um antigo completamente abandonado, cheio de podres”, conta o colecionador e dono do modelo, Natal Morrone.
Apaixonado pelos carros da marca americana desde garoto, o administrador de empresas descobriu em Jundiaí (SP), em 1998, um exemplar da série especial do conversível, que teve apenas 1.456 unidades produzidas.
“O motor não era ligado havia mais de dez anos. O chassi foi a única parte que deu para preservar. Tive de restaurá-lo por completo”, afirma o colecionador.
Com motor V8 (batizado de D500) de 310 cv, o “Dojão” de 5,4 metros de comprimento impressiona não só pelo visual, mas pelas peculiaridades. Uma delas é o câmbio automático de três marchas acionado por botões no painel. “A capota retrátil é elétrica e a direção, hidráulica”, diz Morrone.
Nas ruas, o Custom Royal chama muita atenção. “Passeio com ele a cada 15 dias e o assédio é grande.” A colecionador diz que além de ser gostoso de dirigir, o carrão é bem rápido. “Já fiz a loucura de andar a 170 km/h e ele se comportou bem. Mas gosto mesmo é de andar devagar para que todos possam apreciá-lo”, brinca.
FOTOS: SÉRGIO CASTRO/AE