Carro do leitor: Martha Rocha restaurada

Em 1998, Carlos Cosso decidiu que teria um carro antigo. "Queria um modelo ?detonado? para restaurar com calma, deixar ao meu gosto". Por indicação de um amigo, foi ver uma Chevrolet 3100 ano 1956, mais conhecida como Martha Rocha

Por 09 de out, 2010 · 3m de leitura.

Carlos Cereijo

Em 1998, o advogado Carlos Alexandre Cosso decidiu que teria um carro antigo. “Queria um modelo ‘detonado’ para restaurar com calma, deixar ao meu gosto”, diz. Por indicação de um amigo, foi ver uma Chevrolet 3100 ano 1956, mais conhecida como Martha Rocha.

O apelido surgiu por causa dos para-lamas traseiros salientes, em alusão à Miss Brasil de 1954 – supostamente a baiana perdeu o concurso de Miss Universo naquele ano por ter duas polegadas a mais nos quadris.


Ao entrar na picape, Cosso se encantou com o acionador das luzes de direção instalado no painel, que trouxe recordações de sua infância. “Lembro do meu pai dirigindo e usando esse tipo de seta. Uma pequena luz vermelha iluminava a cabine”, conta o advogado, cujo pai faleceu aos 45 anos de idade.

Curiosamente, esse tipo de acionador não equipava veículos da GM, mas da Ford. Cosso acredita que o dono anterior adaptou o sistema no modelo. “Acho que foi o destino. Comprei a picape pensando que era igual a que meu pai dirigia, mas a dele deveria ser uma Ford.”


Ele conta que a Martha Rocha estava pintada de azul-fosco e a carroceria tinha vários pontos com ferrugem. Já o chassi estava em boas condições.

Cosso adaptou a mecânica de um Chevrolet Opala 1992. O motor é um seis-em-linha 4.1. Foram necessários oito anos de restauração para o modelo ficar do jeito que ele queria.


Entre as adaptações, a picape recebeu vidros elétricos, direção hidráulica e sistema de som. O advogado diz que, apesar de o utilitário ser importado não precisou encomendar peças do exterior. “Consegui tudo aqui em São Paulo e a manutenção não é trabalhosa”, explica.

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FOTOS: SÉRGIO CASTRO/AE