GUILHERME WALTENBERG
Se o objetivo é chamar a atenção, Devoncir Fernandes, dono de um Puma GTS 1975, tem a fórmula. Há dez anos, o aposentado comprou o esportivo feito de fibra de vidro de um amigo - o carro sequer tinha motor. De lá para cá, depois de comprar muitas peças e, segundo ele, investir quase R$ 30 mil, chegou ao resultado que queria.
O motor é um Volkswagen de 1,6 litro com carburação dupla. Segundo Fernandes, não vaza uma gota de óleo do propulsor. “Parece novo”,diz.
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Todo o carinho dedicado ao Puma tem suas recompensas. O aposentado conta que chama a atenção sempre que sai às ruas com o conversível. “Todos ficam olhando e quando estaciono muita gente quer tocar no carro.”
Razões não faltam. A pintura está em perfeito estado. As rodas de época parecem novas. Além disso, a semelhança de Fernandes com o cantor Martinho da Vila é garantia de sucesso. “Já até dei autógrafo na praia. Tentei dizer que não era o Martinho, mas não acreditaram”, diverte-se.
Depois de muitas histórias vividas juntos, Fernandes afirma que a idade chegou: o carrinho fica muito tempo parado e lhe falta vaga na garagem - ele tem outros quatro carros e uma moto. “Estou ficando sem espaço”, conta.
Por isso, ele tomou a decisão de vender o Puma. “É preciso saber a hora de passar adiante”, diz o aposentado, que pede R$ 20 mil pelo Puma.
História – A trajetória do modelo começou em 1964, obra do projetista Genaro (Rino) Malzoni. Utilizava chassi e motor do DKW, de dois tempos e três cilindros.
Evolução do GT Malzoni, o primeiro Puma, GT, foi mostrado em 1966, no Salão do Automóvel. No ano seguinte o esportivo passou a usar chassi, suspensão e motor boxer 1.5 Volkswagen. O conversível GTS foi lançado em 1971. Um ano depois veio o GTB, com motor de 140 cv do Chevrolet Opala.
A Puma entrou em declínio em 1985 e foi vendida duas vezes para empresas do Paraná. Com a reabertura aos importados, ela fechou as portas definitivamente no início dos anos 90.
