O interesse de Marcelo Guisardi pelo estilo rockabilly começou em 1999, quando ele ainda cursava a universidade. Agora, aos 33 anos, o gerente comercial afirma que continua vivendo, juntamente com sua família, a linha de comportamento surgida nos EUA nos anos 50.
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E um dos símbolos desse modo de vida é um Chevrolet Styleline de 1952. O sedã chegou à casa de Guisardi, em Santo André, na Grande São Paulo, em 2007, sobre um guincho.
Em troca do modelo, que veio de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, ele deu um Aero Willys de 1965 e uma Lambretta. “Eu estava com o ‘Aero’ havia uns sete anos e estava a procura de um carro que representasse com mais intensidade a cultura rockabilly”, afirma Guisardi.
Marcelo Guisardi e o seu filho, Gabriel
De acordo com ele, o Styleline precisava de uma boa reforma. “Mas valeu a pena cada etapa da restauração”, diz. A primeira fase foi a mais complicada, por envolver a recuperação da carroceria e do motor. O serviço levou três anos para ser concluído. “Tive de ir fazendo aos poucos, pois não tinha dinheiro”, conta Guisardi.
O propulsor do modelo norte-americano, de 3,5 litros e seis cilindros em linha, tem cerca de 90 cv. O câmbio é manual de três marchas, com alavanca na coluna de direção.
Logo que o sedã começou a rodar, Guisardi conheceu uma loja nos EUA que comercializa peças de veículos antigos da General Motors. Segundo ele, os componentes têm as mesmas especificações dos originais.
O para-choque e a grade do radiador vieram de lá, assim como os botões de marfim do rádio, que funciona perfeitamente. A partir daí, teve início a segunda fase da restauração. “Instalei vários acessórios de época”, conta Guisardi.
Entre os itens há bússola, quebra sol na parte externa do para-brisa e o “caça-mulata” um holofote cromado que era comum em carros de polícia. Para manuseá-lo, basta movimentar uma alavanca embutida na porta do motorista. Outro diferencial deste Chevrolet é a “safety”, uma estrela encaixada sobre a placa traseira. “Ela servia para identificar os carros dos xerifes”, conta o dono do Chevrolet.
Interessante também é o kit Continental, espécie de caixa redonda para abrigar o estepe, que fica na traseira do sedã.
Sonho. Guisardi diz que costuma sair com a esposa, Jaqueline, e o filhos, Gabriel, de 3 anos, e Giulia, de 7 meses, nos fins de semana a bordo do clássico para fazer piqueniques ou participar de encontros de veículos antigos. O passeio é sempre embalado por canções de Elvis Presley. “Somos uma família feliz, iniciada quando conheci a minha mulher em um baile.”