Uma das marcas mais americanas da indústria automobilística foi fundada por um suíço, vindo de um local onde a tradição de criar automóveis é nenhuma. Estranho? Não para Louis-Joseph Chevrolet, que no último dia 25 de dezembro completou 135 anos de história.
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Com apenas 17 anos, nos idos de 1895, Chevrolet foi trabalhar na auto-peças Roblin, já influenciado pela mudança para o distrito de Côte-d’Or, na França, que já vivia uma efervescência automotiva. Em busca de aperfeiçoar seus conhecimentos de engenharia, mudou-se para Paris e continuou seu ciclo migratório até chegar a Nova York, em 1905, para trabalhar como piloto da Fiat, que queria abrir as portas de importação para os Estados Unidos. Algo que aconteceu em 1908.
Por lá seguiu até ser contratado pela Buick no ano seguinte. Ainda em 1909, Chevrolet projeta seu primeiro motor, que vai parar no modelo Bug em 1910, pilotado pelo próprio na Vanderbilt Cup, a maior competição de carros dos Estados Unidos na época.
Depois de ganhar um bom dinheiro e fama criando um motor seis em linha com válvulas na cabeça dos cilindros, Chevrolet se junta a William C. Durant (gerente da Buick) e concebe, no dia 3 de novembro de 1911, a Chevrolet Motor Car Company.
Apesar do alto conhecimento mecânico, a falta de uma educação formal não fez de Chevrolet um mestre dos negócios. E assim, em 1915, após várias brigas, ele decide vender sua parte na empresa para Durant, que já era nesse momento dono da Oldsmobile e Cadillac.
Com a grana da venda da Chevrolet, Louis e seus irmãos fundam a Frontenac Motor Corporation para fazer peças de corrida para o Ford T. Mas a empresa também não decola e o imigrante suíço decide concentrar seus esforços nos carros especiais para as 500 Milhas de Indianápolis, onde também correu, tendo como melhor resultado um sétimo lugar em 1919 (seu irmão Gaston conseguiu uma vitória em 1920 com um Fontenac todo feito por Louis).
Com toda uma vida dedicada ao automobilismo e à paixão pelas pistas, Louis-Joseph Chevrolet morreu no dia 6 de junho de 1941, em Detroit, mas foi enterrado em Indianápolis, segundo ele, “o lugar onde até o vento tem o bom cheiro da gasolina”.