Os 365 dias de 1994 reservariam muitos acontecimentos para o Brasil. O país assistiu perplexo à morte de Ayrton Senna, elegeu Fernando Henrique Cardoso à presidência da República e comemorou o tetracampeonato do Brasil no futebol. Além desses fatos, o País presenciou a chegada do Chevrolet Corsa, novo carro popular da GM.
À época, a montadora enfatizava o fato de que o carro era vendido aqui na mesma geração do oferecido na Europa, com atraso de apenas um ano. Inicialmente, o modelo tinha só a versão Wind com motor 1.0 a gasolina, que gerava 50 cv e trazia câmbio de cinco marchas. A carroceria era apenas a hatch de três portas.
O sucesso foi tanto que a GM teve de aumentar a produção do popular, a fim de evitar o ágio sobre o modelo, enquanto seu presidente vinha a público pedir para que os consumidores esperassem para comprá-lo.
Ainda em clima de festa, surge a versão GL, com motor 1.4 de 60 cv e, durante o Salão do Automóvel, a edição esportiva GSi, que trazia o 1.6 16V de 108 cv. Outras novidades desta série eram os freios a disco ventilados e o sistema de freios ABS.
++ Siga o Jornal do Carro no Facebook
++ Mazda MX-5 chega aos 25 anos de sucesso
A FAMÍLIA CRESCE
Em 1995, uma “overdose” de Corsa tomaria o mercado, com a chega das versões picape, sedã e hatch de quatro portas, além do motor 1.6 de 92 cv. Em agosto de 1997, a montadora apresentava a opção com câmbio automático de quatro marchas para o três-volumes.
O Brasil perdia a chance de levar o penta na Copa da França, em 1998, mas o sedã passava a oferecer uma versão com motor 1.0 – batizada de Corsa Sedã Super.
Em 1999, vieram a primeira reestilização, um novo motor 1.0 – agora com 60 cv -, a versão perua (Corsa Wagon Super) e a extinção do propulsor 1.4. Resistindo intacto ao “bug” do milênio, em 2000, a família ficou completa, com o Corsa Furgão.
No ano de 2002, o Brasil finalmente conquista o sonhado quinto título mundial de futebol, enquanto o Corsa surge em nova geração, mais uma vez alinhada à vendida na Europa, mas agora com dois anos de atraso. As versões iniciais eram hatch e sedã.
Saia de cena também o motor 1.0 16V, para a chegada de um novo 1.0 8V de 71 cv, além do lançamento de um 1.8 8V de 102 cv. No ano seguinte, baseada na nova geração, chega ao mercado a picape Montana.
PRESENTE
Atualmente, o nome Corsa está aposentado no País, mas o carro continua presente na vida dos brasileiros. Da primeira geração, se mantém em produção apenas na versão sedã, agora chamada de Classic – e sobrevivendo até à obrigatoriedade do uso de air bags e ABS a partir deste ano.
Outro carro que carrega seu DNA foi o Agile, uma vez que o hatch é feito sobre uma versão modificada da plataforma do Corsa de 1994, assim como sua versão picape, a nova Montana.