
Em uma viagem a Buenos Aires, quando tinha 11 anos de idade, o agora publicitário Ênio Vergeiro se encantou com algo além da Casa Rosada e do Caminito, pontos turísticos da capital argentina. “Fiquei admirado com os modelos da Citroën que vi por lá. O que mais me chamou a atenção foi o 2CV, que na Argentina se chamava 3CV. Mas, como eu não podia comprar um no tamanho original, levei uma miniatura mesmo”, diz.
Em 2000, Vergeiro viu o anúncio de um 2CV Charleston 1990 à venda na Bahia. Aficionado, resolveu comprar o carro no mesmo dia. “Assumi o risco de só vê-lo pessoalmente quando ele chegasse a São Paulo.” Para alegria do publicitário, o carrinho estava em ótimo estado, como aparecia nas fotos, e havia rodado apenas 11 mil quilômetros – agora o hodômetro marca 15 mil km. O 2CV passou apenas por uma revisão antes de sair às ruas paulistanas.
Com 3,83 metros de comprimento, 1,60 m de altura e 1,48 m de largura, o modelo francês tem dimensões parecidas com as de um Fiat Palio Fire 1.0. Pesando apenas 560 quilos, o 2CV tem motor dois-cilindros de 29 cv de potência. O câmbio é manual de quatro marchas e a tração é dianteira. Sua velocidade máxima é de 110 km/h.
Vergeiro conta que usa o Citroën frequentemente para ir ao trabalho. “Ele é muito econômico. Faz até 25 quilômetros com um litro de gasolina”, diz. De acordo com ele, as ofertas de interessados em comprar o francesinho pintado de grená e preto são frequentes. Mas, pelo menos até agora, nenhuma amoleceu seu coração. “Este será para sempre meu”, garante.