Belisa Frangione
Forte. Esse é o adjetivo que o comerciante Ernesto Teplik utiliza para definir seus quatro jipes da Land Rover. Dois são veteranos e dois, “pré-adolescentes”.
(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)
Um dos exemplares, um Defender 2001, foi comprado novo para ser o veículo do dia a dia de Teplik. Mas a paixão pela marca o fez correr atrás de um clássico.
Assim, em 2002, o comerciante soube, por meio de um amigo, que uma raridade feita em 1952 do Série 1 estava à venda em Caçapava, no interior de São Paulo. Ao chegar ao local onde o jipe estava, ele levou um susto.
“O carro estava em condições precárias, abandonado em uma lavoura de café. Tinha até um cachorro morando debaixo dele”, conta Teplik, que desembolsou R$ 5 mil pelo modelo.
A primeira providência do comerciante foi desmontar o jipe inteiro. Segundo ele, a complexidade da reforma é tamanha que, após 11 anos, a obra não foi concluída. “Algumas peças eu vou buscar na Inglaterra. Porém, a dificuldade maior é encontrar um mecânico que trabalhe com Land Rover antigo.”
A mecânica original do jipinho traz motor quatro-cilindros a gasolina que gera pouco mais de 50 cv de potência e câmbio manual de quatro velocidades.
Em 2003, Teplik comprou outro Defender zero-km, mas já estava de olho em mais um clássico da montadora inglesa. O Série 2A 1965 passou a fazer parte de seu acervo três anos mais tarde.
Assim como seu “irmão” mais velho, o jipe precisou de restauração. O carro, com motor Perkins a diesel, chegou a ser reprovado na inspeção ambiental por quatro anos. “Só parei de ter trabalho ao conseguir a placa preta.”
Teplik diz que sua coleção de Land Rover termina por aqui, mas não as aventuras. “Ainda vou para o Alasca a bordo do Série 2A.”