Luís Felipe Figueiredo
Foi para ajudar um amigo em dificuldades financeiras que o jornalista e empresário Alexandre Ule Ramos comprou, há dois anos, este Volkswagen Fusca 1955. Ele não diz quanto pagou, mas revela que foi “bem menos” do que os cerca de US$ 30 mil (aproximadamente R$ 55 mil), que o dono anterior investiu na restauração completa do carro.
Com o chassi e a carroceria originais, o modelo alemão está com a pintura impecável. A cor é preto ônix, perolizada, da Volkswagen.
Alguns componentes foram substituídos por itens Porsche, como as lentes dos faróis (do 911) e as rodas. Os para-choques e logotipos, entre outros, foram importados da Alemanha. Os bancos também são novos. Oferecem bom apoio ao corpo e permitem posição de dirigir de dar inveja a muitos carros bem mais novos.
O motor teve a cilindrada aumentada de 1,2 para 1,7 litro e ganhou ignição eletrônica. Foram substituídos o comando de válvulas, filtros de ar, carburação (de simples para dupla) e a polia. O câmbio é do SP2. Os novos pneus, radiais, têm medidas 195/60 R15 e os freios dianteiros são a disco.
O empresário conta que, quando foi buscar o carro, os limpadores do para-brisa ligaram sozinhos. “Acho que ele estava dizendo adeus para o ex-dono, que o adorava e estava triste com a despedida”, brinca. No ano passado ele até vendeu o Fusquinha, mas ficou apenas seis meses sem o VW. “O comprador nem chegou a andar. Desistiu e resolveu revendê-lo de volta.”