BELISA FRANGIONE
Ter um Corvette Roadster era um sonho antigo do engenheiro Rubem Sanson. Na adolescência ele vibrava com “Rota 66”, série de TV exibida no País na metade dos anos 60 que mostrava as aventuras do jovem Tod Stiles a bordo do Chevrolet herdado do pai. O primeiro carro do seriado era um 1959, trocado por novos nos anos seguintes.
“Desde aquela época sou apaixonado por esse modelo”, conta Sanson. Em 2006 ele passava pela Avenida Europa, na zona sul, que reúne lojas de carros de todo o mundo, quando encontrou um Corvette 1960 à venda.
O conversível foi trazido dos EUA por uma empresa de Curitiba, que, após restaurá-lo, o revendeu à loja paulistana. Sanson não teve dúvida: arrematou o esportivo por US$ 90 mil (cerca de R$ 160 mil, em valores atuais).
De acordo com o engenheiro, manter o “Vette” em ordem não tem segredo. “O máximo que faço é andar com ele a cada 15 dias para não estragar.” Ele só abastece o Chevrolet com gasolina de alta octanagem e defende que carro antigo não deve ser usado no dia a dia “porque polui muito”.
História – Apresentado em 1953, o Corvette, em referência a Corveta (tipo de barco muito veloz) tinha motor 3.8 seis-cilindros de 150 cv (brutos) que o levava a 170 km/h. Um dos destaques era a carroceria leve, feita de plástico reforçado com fibra de vidro.
Entre as mudanças ao longo dos anos, o Chevrolet ganhou faróis duplos e motor V8 em 1958. Com potência entre 245 e 290 cv (brutos), o esportivo pode alcançar 200 km/h.
Um dos Corvette mais famosos é o Sting Ray, de 1963. Atualmente há seis versões, com motores de 436 a 647 cv, a partir de US$ 49.600 (nos EUA).