Você está lendo...
Diferenças da Mercedes AMG, Audi RS e BMW M
Notícias

Diferenças da Mercedes AMG, Audi RS e BMW M

Preparadoras das tradicionais marcas alemãs transformam seus modelos em 'monstros de comer asfalto', mas têm características diferentes

Diego Ortiz

05 de ago, 2019 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

AMG
Mercedes AMG CLA 45 SB
Crédito:Mercedes/Divulgação

Um ovo é e sempre será um ovo. Em mãos menos habilidosas, pode virar um simples mexido ou até um omelete. Os mais experientes conseguem um poché ou um mollet. Mas há os que são extra-série, capazes de enxergar, na forma do ovo, um futuro Fabergé. Assim são as preparadoras oficiais das três alemãs, a AMG da Mercedes, a RS da Audi e a M da BMW.

Elas fazem carros. Carros são sempre carros. Mas basta chegar perto de um para perceber que elas não fazem carros. O que sai de suas oficinas são obras de arte sobre rodas, preciosas, que brilham e encantam compradores mundo afora.

 

Publicidade


Vídeo da semana: Teste do Mercedes-AMG CLA 45 S

Mesmo sendo preparadoras de marcas alemãs, elas têm diferenças entre elas. A AMG, geralmente, transforma os pacatos e classudos da Mercedes em devoradores de asfalto. A AMG foi criada em 1967, para as pistas, e teve o primeiro modelo conjunto feito em 1993, o lendário C36 AMG.


Engenheiros assinam os motores dos carros, há o carimbo da cidade de Affalterbach, onde os AMG são produzidos, e o desempenho de “simples” Classes C beira o de esportivos de grife como Lamborghini e Ferrari. É da AMG a fama de fazer o trabalho mais pesado, ao mutar ovelhas em lobos que aceleram de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos.

É da RS, da Audi, o meio termo. A preparadora costuma trabalhar muito bem a suspensão dos carros sem deixar eles duros demais, e mesmo assim conseguir ótima estabilidade em velocidades elevadas. O conjunto motor e câmbio geralmente deixam seus 0 a 100 km/h muito rápidos, o mais das três. Que o diga o monstro original, a RS2 Avant, de 1994, ou o de hoje, a RS6 Avant.


Isso vem mudando, mas curiosamente, mesmo sendo muito rápido, os RS não são tão impactantes, pelo menos visualmente. A marca é um pouco mais criteriosa na hora de colocar saias, spoilers e coisas do tipo, com o discurso de que o que importa está sob o capô. O interior também segue esta mesma sobriedade e pouco muda em relação ao modelo original.

AMG e M disputam no visual

Até que chegamos à M. A BMW já é conhecida por fazer os carros com pegada mais esportiva dentre os três. Direção, suspensão, comportamento, tudo é mais bruto, duro e cru. Um exemplo disso é que o primeiro carro M foi logo o M1, em 1978, um modelo raríssimo e valioso, praticamente um carro de corrida.


A M foi criada, como todas, para aprimorar os modelos para as pistas. Em suas primeiras décadas, era obrigatório que os M fosse testados no circuito alemão de Nürburgring, um dos mais desafiadores do mundo. E isso explica muita coisa.

Os modelos mudam bastante visualmente em relação aos originais, com para-choques muito mais agressivos e logos da preparadora por toda a parte. Por dentro não há tantas mudanças, assim como na Audi, mas o bancos são sempre muito bonitos. Curiosamente, um dos modelos mais consagrados da M é o M3, basicamente o de entrada da linha. Há um consenso de que ninguém precisa de muito mais que isso para ser feliz.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.