A maturidade trouxe conquistas importantes para o empresário José Fernando Christofanelli. Uma delas é o belo exemplar da primeira geração do Ford Mustang, modelo com que ele sonhou durante a juventude, e que finalmente está em sua garagem. “Eu trabalhava como office-boy na década de 70 e babava quando via um deles passando, achava lindo”, conta.
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Antes deste exemplar, feito em 1966, ele chegou a ter outro de 1995, com o qual ficou por cinco anos, e um Shelby conversível, que importou novo em 2011. Em abril deste ano, Christofanelli encontrou o cupê das fotos desta página em um evento de antigos no Anhembi, e se rendeu. “Foi amor à primeira vista. Ele estava em perfeito estado, nem tive de restaurá-lo.”
O empresário estufa o peito quando vai contar a história de seu modelo predileto. “A Ford percebeu que o norte-americano era apaixonado por motores V8, mas os modelos disponíveis à época, como o Cadillac, eram muito caros. O Mustang surgiu como uma opção acessível para a classe média”, ele diz. “São 50 anos de produção ininterrupta. Passei toda a minha vida vendo esse carro ser fabricado. Ele tem muito glamour, muita história”, afirma.
Da versão Standard, o Ford de Christofanelli saiu da fábrica sem ar-condicionado e direção hidráulica, que eram opcionais. “Estou importando os kits originais e vou dar uma melhorada nele”, conta.
Movido por um V8 de 4,7 litros, o cupê arranca elogios do dono. “Ele anda muito bem na estrada, tem ótimo desempenho e estabilidade.”
Aficionado
O modelo acompanha Christofanelli nos encontros e passeios promovidos pelo Clube do Mustang, do qual ele é presidente. “Nosso objetivo não é ter carros de vitrine. Se o antigo fica muito tempo parado, surgem problemas na parte elétrica e na carburação e você perde a confiança, acha que ele não vai aguentar uma viagem.”
A paixão pelo Ford inclui até atividades no exterior. “Já fomos seis vezes aos EUA para cair na estrada dirigindo versões conversíveis do Mustang. Neste ano, viajamos de Atlanta até Charlotte, onde participamos do evento que celebrou os 50 anos do modelo. Em 2015, vamos para Las Vegas.”
O cupê de 1966 provoca mais reações positivas na rua que o conversível de 2011, segundo o empresário. “A bordo do Shelby moderno, as pessoas acham que você é metido. Já com o antigo elas se sentem encorajadas a interagir.”
Outra vantagem do carro de coleção em relação ao novo, segundo seu dono, é financeira. “O Shelby teve uma enorme depreciação – foram R$ 50 mil só no primeiro ano. Isso sem falar no IPVA de R$ 9 mil. Já o antigo se valoriza com o passar do tempo e não tem imposto”, compara. “O antigo é ótimo como um segundo carro, por hobby. E você não perde dinheiro.”