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Empresários são acumuladores de Mavericks
Carro do leitor

Empresários são acumuladores de Mavericks

Os empresários José Roberto Vaz e José Ricardo Queiroz cultivam o amor pelo modelo da Ford em acervos que somam 40 exemplares

04 de set, 2016 · 6 minutos de leitura.

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 Empresários são acumuladores de Mavericks
Sedã, cupê e perua fazem parte das duas coleções

José Roberto Vaz não costuma desperdiçar boas oportunidades. Ao menos quando se trata do Maverick, seu carro preferido: quando encontra um exemplar interessante, ele não o deixa escapar. Tanto que, de 2008 para cá, o empresário amealhou uma coleção com 35 unidades do Ford – 28 foram restauradas.

“Se não estou preparado para fechar negócio, dou um jeito. Vendo algum outro modelo, mas não sacrifico o acervo de Mavericks por nada.” Ele conta que, para viabilizar uma compra, se desfez de um Mercedes-Benz 1963 que havia estrelado um calendário da marca na Alemanha, por exemplo.

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Tanta paixão acabou fazendo com que ele fosse parar em um clube dedicado ao Ford. Foi nas reuniões do grupo que Vaz conheceu o também empresário José Ricardo Queiroz, outro fã inveterado do Maverick, que possui quatro exemplares prontos e está restaurando mais um.

Queiroz é dono do sedã branco feito em 1974 que aparece nas fotos acima. A perua vermelha, de 1976, e o cupê verde de 1973, feito nos Estados Unidos, fazem parte da coleção de Vaz.

Os dois cultivam o gosto por carros antigos por influência paterna. Quando Queiroz tinha apenas 3 anos de idade, seu pai comprou o primeiro Maverick.


Ele cresceu “mexendo” no Ford e se formou no curso de engenharia mecânica. “Até hoje eu mesmo desmonto meus carros. Trabalho com automação industrial e a curiosidade de saber como as coisas funcionam veio do Maverick”, diz.

Segunda aquisição do empresário, o sedã branco foi comprado em Curitiba em 2009 e já rodou 20 mil km desde a restauração, que o deixou impecável. “É meu favorito para viajar, por ser o mais espaçoso, e ganhou três prêmios em eventos. Eu e minha esposa começamos a namorar dentro desse carro.”

O cupê verde de Vaz desembarcou no Brasil em perfeito estado, pelas mãos de um importador independente, em 2013. Já com a perua, ele não teve a mesma sorte. “Ela parecia maravilhosa nas fotos do anúncio. Viajei até Bauru (interior de São Paulo) achando que voltaria guiando o carro, mas tive de refazê-lo inteiro. Só comprei porque queria muito uma perua.”


Segundo ele, a restauração levou dois anos para ser feita e custou mais que o previsto, mas valeu a pena. “Rodei 900 km com ela até Bento Gonçalves (RS), na maior tranquilidade, e ela ainda foi premiada. É uma satisfação enorme, não há preço que pague”, orgulha-se.

Pegar estrada com um Maverick, aliás, é um dos prazeres de Vaz. “Ele desenvolve velocidade como um carro moderno e vou pela faixa da esquerda. E é muito confortável: entrego o volante à minha esposa e durmo.”

Vaz e Queiroz tiram de letra as eventuais limitações impostas pela mecânica antiga. “O bacana é você fazer funcionar como novo um carro com mecânica de outra época. Apesar de antigo, o Maverick é muito confiável”, garante Queiroz.


Nas duas coleções, ainda há espaço para mais exemplares. Queiroz quer um Maverick GT na cor prata e Vaz sonha com um Grabber, versão esportiva norte-americana. E quem tentar demovê-los da ideia de aumentar os respectivos acervos estará perdendo tempo.

“O Maverick é perfeito, um antigo feito para os dias de hoje. Outros clássicos não têm a mesma expressividade. Não vejo defeitos nele”, derrete-se Vaz.


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