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Fiat 40 anos: a história da marca no mundo
História

Fiat 40 anos: a história da marca no mundo

Fiat 'nasceu' em 1899, em Turim, comprou diversas marcas se tornou um  conglomerado multinacional

06 de jul, 2016 · 5 minutos de leitura.

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 Fiat 40 anos: a história da marca no mundo
24 HP Corsa, de 1902, foi um dos carros importantes dos primeiros anos

Desde 1899, ano em que foi fundada, a maior fabricante de automóveis da Itália está sob o comando dos Agnelli, um clã de história centenária que inclui laços com a nobreza, triunfos e muitos escândalos e que, hoje, é o mais poderoso do país. O patriarca da família, Giovanni, fundou em Turim, na região italiana de Piemonte, a empresa que, atualmente, detém o controle de diversas outras montadoras, entre elas a norte-americana Chrysler.

Inicialmente batizada de Fábrica Italiana Automobilística de Turim, a montadora, criada por Giovanni e um grupo de empresários para fazer frente às fabricantes francesas na Itália, evoluiu para dar origem a um conglomerado agora chamado de FCA. Em 1899, a empresa surgiu com a produção do 4 HP, também conhecido como 3,5 CV. Outro carro importante desse primeiro período foi o 24 HP Corsa, de 1902.

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Em 1906, a companhia passou a se chamar Fiat, abreviação de seu nome original. Quatro anos depois, ela assumiu o posto de maior montadora de carros da Itália.

Na década seguinte, após a Primeira Guerra Mundial, a Fiat chegou a ter 80% de participação no mercado de seu país. Naquele período, a empresa fabricou também tratores.
Durante a Segunda Guerra, a Fiat diversificou ainda mais suas atividades, produzindo maquinário e até aviões para o governo italiano. O principal negócio, no entanto, continuou sendo o automotivo.

Explosão. Giovanni Agnelli morreu em 1945 e, por mais de 20 anos, a empresa ficou sem um grande representante da família em seu dia a dia – seu filho, Edoardo, não se interessava pelos negócios. Isso até 1966, quando assumiu a presidência da Fiat o neto de Giovanni, que recebeu o nome do avô, mas era chamado pelo diminutivo Gianni.


Foi na gestão de Gianni Agnelli que a Fiat se transformou em um grande conglomerado automotivo, adquirindo diversas outras empresas. Em 1969, passou a fazer parte do grupo a Lancia. A Alfa Romeo veio em 1986, após anos de negociação.

A Fiat já tinha participação na Ferrari desde os anos 40; o porcentual aumentou para 90% em 1988 e, em 1999, o controle total passou ao conglomerado.


Elkann (à esq.), da família fundadora, comanda a FCA junto com Marchionne (Foto: Rebecca Cook/Reuters)

Chrysler. Com a morte de Gianni, em 2003, seu neto, John Elkann, passou a ser preparado para desempenhar funções de comando na companhia. Atualmente, ele preside o conselho da recém-formada FCA.

O principal executivo, no entanto, é Sergio Marchionne. Foi ele que, no fim da década passada, negociou com o governo americano para, aos poucos, adquirir o comando da Chrysler, que entrou com pedido de concordata após a crise nos EUA, cujo ápice foi em 2008.


Em 2014, a Fiat assumiu o controle da Chrysler, formando a FCA. O desligamento da Ferrari do grupo – agora, a marca é comandada pelos acionistas da Fiat – foi uma das medidas para viabilizar o negócio. Marchionne é agora o presidente executivo da FCA.

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